Presidenta da Argentina dá uma no "alôz" e outra na polémica

Presidenta da Argentina dá uma no "alôz" e outra na polémica
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De  Francisco Marques com LUSA, EFE, CLARíN
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A Presidenta da Argentina Cristina Kirchner está, por estes dias, na China, numa visita oficial que visa o reforço da cooperação entre ambos os

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A Presidenta da Argentina Cristina Kirchner está, por estes dias, na China, numa visita oficial que visa o reforço da cooperação entre ambos os países. Mas a chefe de Estado não “entrou” bem. Com uma série de casos polémicos em desenvolvimento no país natal, a viúva de Néstor Kirchner optou por brincar no decurso de uma reunião com empresários locais, referindo a alegada má pronúncia da letra “R” pelos chineses, incluindo uma referência a La Cámpora, a organização juvenil de politica dirigida pelo filho Máximo Kirchner.

Más de 1.000 asistentes al evento… ¿Serán todos de “La Cámpola” y vinieron sólo por el aloz y el petlóleo? …

— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) 4 fevereiro 2015

Através da rede social Twiter, Kirchner questionou a presença de “mais de 1.000 assistentes”. “Serão todos de ‘La Cámpola’ e vieram todos pelo ‘alôz’ e o ‘petlóleo’?”, lê-se na conta oficial da Presidenta. Logo de seguida (um minuto depois, para sermos mais precisos), a chefe de Estado argentina “twitou” de novo, em jeito de justificação pela brincadeira anterior: “Sorry [tr.: “Desculpa”, em inglês] Sabes o quê? É que é tanto o excesso de ridículo e absurdo que só se pode digeri-lo com humor. Se não, são muito, mesmo muito tóxicos.”

Sorry. ¿Sabes qué? Es que es tanto el exceso del ridículo y el absurdo, que sólo se digiere con humor. Sino son muy, pero muy tóxicos.

— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) 4 fevereiro 2015

102 empresas argentinas y más de 500 empresas chinas inscriptas en el seminario. pic.twitter.com/Zf3RUjP9l3

— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) 4 fevereiro 2015

As tiradas de Cristina Kirshner correram mundo e as críticas não se fizeram esperar. Alguns questionaram a descontração da presidenta durante uma visita oficial de extrema importância estratégica para a economia argentina e quando o próprio país atravessa uma situação delicada, agravada pelos recentes casos da morte Alberto Nisman, o promotor federal de 51 anos que estaria a preparar um pedido de detenção da Presidente por encobrir os suspeitos iranianos do atentado de 1994 contra a Associação Mutual Israelita Argentina, em que morreram 85 pessoas. Nisman foi encontrado morto a 19 de janeiro, em casa, com um tiro na cabeça.

Documentos confirman que #Nisman pensó en pedir el #arresto de #Cristinahttp://t.co/NtORGsi7JLCopias del borrador pic.twitter.com/EN7w6ykUem

— サーファー (@_s_U_r_f_E_r_) 3 fevereiro 2015

Com “twits” partilhados a alta frequência durante esta visita à China, Cristina Kirchner também é acusada de preferir brincar com a pronúncia chinesa e nada escrever sobre a cena protagonizada pelo seu chefe de Gabinete. Jorge Capitanich rasgou algumas páginas do jornal argentino Clarín, acusando a publicação de ser “lixo” e “mentirosa”, por ter publicado que havia sido encontrado um rascunho rasurado por Nisman, onde o promotor esboçava o pedido de detenção da Presidente.

ARGENTINA l A noticia do Clarín onde confirma o rascunho de Nisman a solicitar a detenção de Cristina Kirchner http://t.co/MlVQK7mc5I

— Francisco Marques (@FrMarques4655) 5 fevereiro 2015

Xi Jinping reforçou cooperação com Buenos Aires

Cristina Kirchner está em Pequim desde segunda-feira com uma delegação de alto nível, que inclui ministros. A Presidenta esteve reunida quarta-feira com o homólogo chinês, Xi Jinping, com quem rubricou uma declaração conjunta para reforçar a parceria estratégica entre os dois países. > El Presidente me recibió con la calidez de siempre y minutos más tarde comenzó la reunión de trabajo entre ambos… pic.twitter.com/FSLSKEBjRB

— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) 5 fevereiro 2015

A Argentina e a China assinaram 15 novos de acordos de cooperação, incluindo a construção de novas centrais de energia nuclear, projetos de telecomunicações e até de exploração espacial porque a Argentina, sublinhou a chefe de Estado, “produz satélites.”

La integración de Argentina al mundo y la alianza con la mayor economía global en áreas estratégicas. pic.twitter.com/OfuTDWlswP

— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) 5 fevereiro 2015

Otro importante acuerdo firmado fue de cooperación espacial, promueve cooperación p/ exploración y utilización del espacio ultraterrestre.

— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) 5 fevereiro 2015

Basadas en los planes de desarrollo satelital de ambos países. No te olvides que tu país, Argentina, produce satélites…

— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) 5 fevereiro 2015

Se creará un Subcomité Binacional de Cooperación Espacial en la órbita del Comité Permanente del Gobierno de Argentina y Gobierno de China.

— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) 5 fevereiro 2015

Estos y otros importantes acuerdos en materia de minería, comunicaciones, tecnologías para la información http://t.co/ixtf9QncqZ

— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) 5 fevereiro 2015

Como hicimos hace poco con la Federación de Rusia. Todos los convenios están publicados aquí: http://t.co/ixtf9QncqZ

— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) 5 fevereiro 2015

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