Hollande e Merkel confirmam presença em Minsk após telefonema de Obama a Putin

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De  Francisco Marques com Lusa, Reuters, White House, Kremlin
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Líderes de França e Alemanha voltam a sentar-se à mesa com o Presidente da Rússia e, desta vez, também com o chefe de Estado da Ucrânia

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O Presidente francês François Hollande e a chanceler alemã Angela Merkel, depois de alguma hesitação e incerteza, confirmaram a presença esta quarta-feira na cimeira de Minsk, na Bielorrússia, onde, tudo indica, se vão sentar à mesma mesa o chefe de Estado ucraniano Petro Poroshenko e o líder do Kremlin, Vladimir Putin.

Vladimir Putin will take part in the Normandy format talks in Minsk http://t.co/ElTflXgC9m

— President of Russia (@KremlinRussia_E) 11 fevereiro 2015

Fonte próxima do Palácio do Eliseu, em Paris, disse à AFP que, após uma conversa telefónica em que fizeram um “rápido ponto da situação”, Hollande e Merkel decidiram deslocar-se à capital bielorrussa e “tentar tudo, até ao fim”. O objetivo é dar continuidade ao esforço para encontrar uma solução diplomática para o conflito ucraniano.

Meeting with Angela Merkel and Francois Hollande on ways to resolve the Ukrainian crisis http://t.co/Z3DPm9qkqfpic.twitter.com/qj3Xxt11RM

— President of Russia (@KremlinRussia_E) 6 fevereiro 2015

Ao mesmo tempo que decorrerá esta cimeira quadripartida ao mais alto nível governativo também o Grupo de Contacto para a paz na Ucrânia deverá retomar esta quarta-feira a reunião da véspera, onde foi estabelecido um princípio de acordo para um cessar-fogo no leste ucraniano.

Contact group on #Ukraine to resume talks in #Minsk 11 February http://t.co/SYA8MOYjE4OSCE</a></p>&mdash; Belarus MFA (BelarusMFA) 11 fevereiro 2015

Deste Grupo de Contacto fazem parte representantes do governo da Ucrânia e da Rússia, dos rebeldes separatistas pró-russos das autoproclamadas Repúblicas Populares de Donestsk e Luhansk, e da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa).

À distância, o presidente dos Estados Unidos mantém-se atento ao desenrolar dos acontecimentos. Numa tentativa de aparentemente colocar alguma pressão sobre o homólogo russo, Barack Obama telefonou terça-feira a Vladimir Putin para debater “a escalada de violência no leste da Ucrânia” e o “apoio continuado” de Moscovo aos separatistas pró-russos no leste do país vizinho.

"We are making it clear again today that if Russia continues on its current course…Russia’s isolation will only worsen." —President Obama

— White House Live (@WHLive) 9 fevereiro 2015

Num curto comunicado norte-americano lê-se que o chefe da Casa Branca sublinhou ao líder do Kremlin “o crescente número de perdas de vidas humanas nos combates” no leste da Ucrânia e “destacou a importância de o Presidente Putin aproveitar a oportunidade apresentada pelas atuais conversações entre Rússia, Alemanha, França e Ucrânia para alcançar uma solução pacífica” para o conflito.

Em Washington, entretanto, continua a ponderar-se sobre o pedido de Kiev de fornecimento de armas sofisticados para os militares ucranianos poderem fazer frente aos rebeldes ucranianos, alegadamente armados com artilharia pesada fornecida pela Rússia. Obama prefere uma solução pacífica, mas…

The US won't rule out sending weapons to Ukraine: http://t.co/4nlBJhPCWypic.twitter.com/htrl0LItDk

— The Boston Globe (@BostonGlobe) 10 fevereiro 2015

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