O presidente francês, François Hollande, chegou às Filipinas para uma visita de dois dias com o dossier da mudança climática na bagagem. Paris vai acolher no final do ano a próxima conferência mundial
O presidente francês chegou às Filipinas para uma visita de dois dias com o dossier da mudança climática na bagagem.
Paris vai acolher no final do ano a próxima conferência mundial sobre o clima. Depois do fracasso de Copenhaga 2009, François Hollande deseja um acordo na capital francesa. Por isso deixou um alerta:
“- Se o aquecimento global prosseguir nas próximas décadas é a guerra que se anuncia, não é apenas a catástrofe, é a catástrofe que vai desencadear a guerra que por sua vez vai ampliar a catástrofe.”
Para tentar evitar este círculo vicioso, o chefe de Estado francês e o homólogo filipino lançaram o Apelo de Manila. O texto pede aos 195 países participantes na conferência de Paris para fecharem um acordo ambicioso. Benigno Aquino agradeceu o empenho da França:
“- Não podemos limitar-nos a enfrentar as consequências da mudança climática, pelo contrário temos de enfrentar as causas. Por isso, enquanto país em desenvolvimento, damos as boas-vindas a países como a França que emergiu como um campeão da parceria global que tenta enfrentar o problema.”
Esta é a primeira visita de um presidente francês às Filipinas, desde a independência do país asiático em 1947. A atriz gaulesa Marion Cotillard faz parte da comitiva e é uma das figuras públicas que faz campanha ao lado do presidente francês em prol da luta contra a mudança climática.
A ilha de Guiuan está no roteiro da visita de François Hollande. Em novembro de 2013 o supertufão Haiyan semeou a destruição e matou mais de sete mil pessoas. O país é atingido anualmente por duas dezenas de intempéries mas a sua frequência tem estado a aumentar.