Indústria do cinema asiático brilha em Macau e em Hong Kong

Indústria do cinema asiático brilha em Macau e em Hong Kong
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De  Francisco Marques com A INDúSTRIA DO CINEMA (ASIáTICO) ESTá MUITO ANIMADA COM A PRODUçãO DE
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Prémios do cinema asiático distinguem em Macau a realizadora Ann Hui, por "The golden Era", e elegem como melhor filme "Blind Massage", de Lou Ye. Na segunda-feira, arrancou, entretanto, o Festival In

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Decorreu esta semana, em Macau, a nona edição da entrega dos prémios do cinema asiático, ao mesmo tempo que arrancou o Festival Internacional de Cinema de Hong Kong. Na antiga colónia portuguesa, o grande vencedor foi “Blind Massage”, de Lou Ye, mas a melhor realização foi para Ann Hui, por “The Golden Era” (“A Era dourada”, em tradução não oficial para português).

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A proposta de Ann Hui é um épico com cerca de três horas que nos transporta para os anos 30 do século passado. A realizadora é famosa pelos filmes controversos sobre os problemas sociais de Hong Kong e é nessa temática que volta a mergulhar neste “A Era Dourada”, que venceu também o prémio para melhor ator secundário: Wang Zhiwen.

A China foi, aliás, a grande vencedora, em Macau, arrecadando 10 das 14 categorias a concurso, numa edição dos prémios asiáticos que contou com 74 nomeados a partir de 42 filmes propostos por oito países.

A realizadora Ann Hui salientou que “a indústria do cinema está muito animada com a produção de filmes”, mas a chinesa reconheceu que “há problemas” e que “existe censura”. “Não podemos, por exemplo, filmar tudo o que gostaríamos, mas acredito que o que há é positivo”, concluiu.

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Posted by AFA – Asian Film Awards on Quarta-feira, 25 de Março de 2015

O prémio de melhor filme foi para “Blind Massage” (“Massagem Cega”, em tradução direta não oficial para português). Dirigido por Lou Ye, esta outra película chinesa conta a vida e os amores de um grupo de massagistas terapêuticas invisuais. Filmado ao estilo de um documentário, “Massagem Cega” ganhou também o prémio para melhor cinematografia.

Pela interpretação no filme sul-coreano “A Girl at my Door” (“Uma Rapariga à minha porta”, em tradução não oficial), Bae Doo-na, de 35 anos, foi a premiada.

A melhor atriz asiática do ano, que aceitou participar de forma gratuita neste filme de baixo orçamento, dá vida a uma instrutora de polícia transferida de Seul para uma pequena cidade costeira. Aí, ela conhece uma rapariga de 14 anos, que sofre “bullying” pelos colegas da escola e é abusada pelo padrasto, um homem violento. O filme evolui numa trama entre os três.

Para melhor ator, foi eleito Liao Fan, pelo filme “Carvão Negro, Gelo Fino”, já estreado no circuito comercial português. Este outro filme chinês premiado é dirigido por Diao Yinan e venceu também na categoria de melhor argumento, pela história sobre um perturbado ex-polícia que persegue um assassino em série.

O sucesso de “Carvão Negro, Gelo fino”, que passou pela última edição do Festival Internacional de Cinema do Estoril, brilhou no ano passado no Berlinale, onde venceu o Urso de Ouro para melhor filme e Liao Fan o Urso de Prata para melhor ator. “Eu cresci numa família de atores. Desde a minha infância que via a minha mãe e o meu pai no palco. Um dia disse para mim mesmo que podia ser como eles. Decidi seguir-lhes os passos e tornar-me também ator”, revelou Liao Fan.

“Gone with the Bullets” (“Desaparecido com as Balas”, numa tradução direta não oficial) é um deslumbrante espetáculo passado na Xangai dos anos 20 do século passado e foi o filme que mais prémios arrebatou em Macau: três.

Festival de Hong Kong em cartaz até 6 de abril

Arrancou segunda-feira (23 de março) e decorre até 6 de abril o Festival Internacional de Cinema de Hong Kong. Já na 39.a edição, este certame tem agendada a exibição de mais de 250 filmes em representação de cerca de 50 países e regiões chinesas.

A abrir o festival, este ano, esteve o novo filme da taiwanesa Sylvia Chang, “Murmur of the Hearts” (“Murmúrios dos Corações”, em tradução direta para português). A estreia proporcionou o regresso à antiga colónia britânica, entretanto transferida para administração chinesa, de Isabella Leung, sete anos após a atriz ter decidido fazer uma pausa na carreira.

“Murmúrios dos Corações” aprofunda as raízes taiwanesas de Sylvia Chang para contar uma história de crescimento e desprendimento.

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