Yanis Varoufakis: "O mais importante é fazer a coisa certa"

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O Eurogrupo esteve reunido, esta sexta-feira, em Riga, na Letónia. Um encontro difícil para a Grécia que terminou sem acordo entre os helénicos e os

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O Eurogrupo esteve reunido, esta sexta-feira, em Riga, na Letónia. Um encontro difícil para a Grécia que terminou sem acordo entre os helénicos e os parceiros europeus.

No meio da tempestade o ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis.

euronews: As negociações chegaram a um impasse?

Yanis Varoufakis: Acredito que estamos perto de um acordo. O mais importante é fazer a coisa certa. Não é assinar qualquer acordo apenas para obter um acordo, mas criar um novo modelo genuíno de desenvolvimento para a Grécia.

e: Durante o encontro foi levantada a possibilidade de se elaborar um plano B caso as negociações colapsassem…

YV: É verdade que houve um momento em que um dos meus colegas do Eurogrupo, espero que inadvertidamente, possivelmente por causa da frustração tenha mencionado isso. A minha reação imediata foi a de dizer que não há nem pode haver nenhum plano B, e que qualquer menção de um plano B é profundamente antieuropeu e, no fim de contas, acaba por ser contra os interesses desse país, em particular, representado por esse colega.

e: Sem o pagamento da última tranche do resgate, a Grécia enfrenta graves problemas de tesouraria…

YV: O facto de termos tido injeções de liquidez, ao longo dos últimos dois anos, em doses periódicas formais de longas tranches, foi, simplesmente, como adicionar combustível ao fogo. Então, agora o que é de absoluta importância é colocar um fim a este ciclo vicioso e criar um ciclo virtuoso. Se isso significar que, por uns tempos, temos estas negociações bastante intensas e uma liquidez mais apertada, então que seja, pois é um investimento num futuro melhor para a Grécia e num futuro melhor para a Europa.

e: A falta de consenso fez com que a frustração tomasse conta do encontro dos ministros das finanças da zona euro, aumentando a tensão dentro do Eurogrupo…

YV: Somos adultos, somos colegas. Respeitamo-nos e até gostamos uns dos outros. O facto de existirem diferenças políticas, e que isso conduza, por vezes, a uma certa intensidade, devido à evolução das negociações, não faz com que deixemos de ter, ao nível humano, excelentes relações pessoais.

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