EUA: Maré negra no bastião dos ecologistas norte-americanos

O governador da Califórnia declarou o estado de emergência no condado de Santa Bárbara, abalado por uma maré negra, desde terça-feira.
A ruptura de um oleoduto subterrâneo junto à costa teria já espalhado mais de 400 mil litros de crude ao longo de 6km de praias e 14km de oceano.
Segundo o diretor dos serviços sanitários de Santa Barbara, Takashi Wada,
“Continuamos a recomendar que não se frequentem as áreas afetadas pois a exposição ao petróleo e aos seus vapores podem provocar problemas de saúde”.
A companhia responsável pelo oleoduto afirma ter aberto uma investigação às causas do incidente e às razões pelas quais o fluxo de petróleo não foi imediatamente interrompido pelo sistema de emergência.
Greg Armstrong, o presidente da companhia responsável pelo oleoduto, Plains All American Pipeline, pediu desculpas pelo incidente:
“Pedimos desculpas pelos danos causados à vida selvagem e ao ambiente e lamentamos todos os problemas causados aos habitantes e visitantes desta área”.
As autoridades foram obrigadas a encerrar várias zonas de costa, quando iniciaram as operações de limpeza na área frequentada por várias espécies marinhas e por milhares de turistas.
Um estudante que participa nas operações de limpeza, afirma:
“Alguns pelicanos começaram a dar à costa, assim como outros pássaros marinhos. Começaram a chegar também algumas focas. É muito triste”.
Trata-se do segundo incidente registado com a mesma companhia, depois de outra ruptura de oleoduto ter provocado uma pequena maré negra em maio de 2014, nos arredores de Los Angeles.
A zona de Santa Bárbara tinha sido já palco de uma das maiores catástrofes ambientais da história norte-americana, quando uma fuga numa plataforma marítima espalhou mais de 15 milhões de litros de petróleo na costa em 1969. O incidente de há 46 anos acabaria por impulsionar a criação do movimento ecologista nos EUA.