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Chefe da polícia da Universidade de Brown afastado após tiroteio

Chefe da polícia da Universidade de Brown afastado após tiroteio
Chefe da polícia da Universidade de Brown afastado após tiroteio Direitos de autor  Mark Stockwell/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
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De Euronews com AP
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O presidente da instituição fala numa revisão “padrão” da segurança do campus à luz do tiroteio que deixou duas vítimas mortais. O Departamento de Educação dos EUA abriu uma investigação à resposta da universidade ao tiroteio.

O chefe da polícia da Universidade de Brown foi afastado na sequência do tiroteio que teve lugar na instituição de ensino.

Christina Paxson, presidente da universidade, anunciou a decisão na segunda-feira, alegando que a instituição está a proceder a uma revisão “padrão” das normas de segurança do campus após o evento que provocou duas vítimas mortais e vários feridos.

Rodney Chatman, chefe da polícia da universidade localizada em Rhode Island, está de licença “com efeito imediato”, afirmou Paxson, que informou que este será substituído por Hugh T. Clements, ex-chefe da polícia do Departamento de Polícia de Providence.

As questões em torno das políticas de segurança da Brown intensificaram-se após o tiroteio de 13 de dezembro, que abalou a comunidade de Providence. Grande parte do foco centrou-se em saber se a universidade da Ivy League tinha câmaras de segurança instaladas no edifício onde ocorreu o ataque e na facilidade geral de acesso aos edifícios do campus.

O próprio Rodney Chatman, chefe da polícia agora afastado, já havia enfrentado um voto de desconfiança do sindicato que representa os agentes escolares em outubro. A imprensa local noticiou, na altura, que a votação refletia "sérias preocupações com a liderança fracassada, violações contratuais e políticas que colocam em risco a segurança pública".

O escrutínio sobre a segurança da escola levou à abertura de uma investigação pelo Departamento de Educação dos EUA, que afirmou, na segunda-feira, que as autoridades estão a pedir informações à instituição para ajudar a determinar se os responsáveis pela escola violaram os requisitos federais de segurança e proteção do campus. Isto incluiu a solicitação de relatórios de segurança, auditorias, registos de despachos e chamadas, e quando notificações de emergência foram utilizadas.

No passado dia 13 de dezembro, Cláudio Neves Valente, de 48 anos, entrou numa sessão de estudos num prédio académico da Brown, abrindo fogo contra os estudantes. A investigação da polícia norte-americana indicou que o português é também o responsável pela morte do físico Nuno Loureiro, baleado à porta de casa, num subúrbio de Boston, dois dias depois.

O suspeito foi encontrado morto num armazém em New Hampshire. A autópsia determinou que Cláudio Valente morreu a 16 de dezembro, no mesmo dia em que Nuno Loureiro acabou por falecer no hospital na sequência dos ferimentos.

Causas do homicídio de físico português estão nos EUA, diz PJ

Em Portugal, a Polícia Judiciária terá confirmado que as motivações para o homicídio não estão ligadas ao país, tendo remetido a investigação para as autoridades norte-americanas. Segundo conta a CNN Portugal, a polícia não encontrou motivos de animosidade suficientes que justificassem o crime.

Imagem do Departamento de Polícia de Providence mostra imagens de vigilância de Claudio Neves Valente, suspeito do tiroteio na Universidade Brown.
Imagem do Departamento de Polícia de Providence mostra imagens de vigilância de Claudio Neves Valente, suspeito do tiroteio na Universidade Brown. Providence Police Dept. via AP

Em comunicado, a PJ informou, na semana passada, que “foi contactada” pelas autoridades norte-americanas, tendo prestado “colaboração e apoio às autoridades daquele país, desde o momento em que o suspeito se tornou, para aquelas, alvo de interesse”. “A Polícia Judiciária permanece em contacto e a prestar todo o suporte necessário às investigações em curso”, informou na altura.

Nuno Loureiro e o suspeito, Cláudio Valente, frequentaram juntos o curso de Engenharia Física e Tecnológica do Instituto Superior Técnico, em Lisboa, entre 1995 e 2000.

As motivações para o crime que chocou Portugal e os Estados Unidos permanecem desconhecidas.

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