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Antigo colega lamenta morte de Nuno Loureiro e impacto na comunidade científica

Antigo colega lamenta morte de Nuno Loureiro e o seu impacto na comunidade científica
Antigo colega lamenta morte de Nuno Loureiro e o seu impacto na comunidade científica Direitos de autor  Jake Belcher/Jake Belcher/MIT
Direitos de autor Jake Belcher/Jake Belcher/MIT
De Euronews com AP
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A morte prematura de Nuno Loureiro, aos 47 anos, foi um choque para a família e amigos. Em Lisboa, os antigos colegas do Insituto Superior Técnico lembram a "mente brilhante" do cientista e o impacto que a sua partida terá na comunidade científica e no campo de estudo da fusão nuclear.

Uma mente brilhante perdida num homicídio inexplicável. É pelo menos assim que os antigos colegas de Nuno Loureiro do Instituto Superior Técnico caracterizam a morte do cientista português de 47 anos.

“Ele era alguém brilhante. Este é um campo em que não sei como classificaria um génio, há muitas pessoas brilhantes na fusão nuclear, ele era uma das pessoas brilhantes no trabalho que realizava na fusão nuclear, por isso era um investigador renomado e brilhante", afirmou Bruno Gonçalves, antigo colega do físico português.

Em Lisboa, o professor e antigo colega de Nuno Loureiro reforça a perda irreparável que a morte representa também no seio da comunidade científica.

“É uma perda irreparável, sobretudo para a família, para os amigos, mas também para a ciência. Todas as contribuições que ele deu e o que ainda poderia ter dado, todas as equações que ficaram por escrever, seriam certamente mais um passo para tornar a fusão nuclear uma realidade. É uma morte prematura e sem sentido e uma grande perda para a nossa comunidade científica", confessou o presidente do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear.

Nuno Loureiro de 47 anos morreu no hospital na passada terça-feira depois de ter sido baleado à porta de casa num subúrbio de Boston, nos EUA. Era natural de Viseu, mas vivia há mais de dez anos nos Estados Unidos.

Atualmente dirigia laboratório do prestigiado Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), sendo especialista em energia de fusão. Mais um facto que torna ainda mais incompreensível este crime, pelo menos aos olhos de quem partilha a área de investigação.

“É uma situação completamente inexplicável. É difícil imaginar que tipo de inimigo Nuno Loureiro poderia ter, especialmente com a natureza do nosso trabalho, da nossa investigação", confessa Bruno Gonçalves. "Trata-se de fusão nuclear, mas não tem um objetivo comercial, tem o objetivo de produzir eletricidade para toda a humanidade um dia. É difícil imaginar em que contexto alguém iria querer prejudicar alguém que trabalha nesta área", confessou.

Homicida era português e também estudou no Instituto Superior Técnico

De acordo com as últimas informações das autoridades norte-americanas, o principal suspeito da morte do cientista também é português. Cláudio Neves Valente, de 48 anos, ex-estudante na Universidade de Brown, foi encontrado morto numa garagem. É também apontado pelas autoridades dos EUA como o responsável pelo tiroteio na Universidade de Brown que fez duas vítimas mortais.

As autoridades norte-americanas acreditam que o suspeito da morte é também um português, que se poderá ter cruzado com a vítima em Lisboa. O FBI indicou que ambos os portugueses integraram o mesmo percurso académico no Instituto Superior Técnico entre 1995 e 2000.

"Acredita-se que, em Lisboa, esses dois indivíduos frequentaram a mesma universidade em Portugal", afirmou Ted Docks, agente especial responsável pelo escritório regional do FBI em Boston, numa conferência de imprensa realizada na noite de quinta-feira.

Loureiro frequentou o Instituto Superior Técnico em Lisboa e foi investigador no Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do IST antes de ingressar no MIT, segundo a sua biografia no MIT.

A morte do cientista continua sob investigação, com as autoridades a tentarem determinar as motivações que originaram o crime.

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