Em Espanha, o resultado das eleições municipais e regionais de domingo é a grande incógnita, face a uma cena política fragmentada. O movimento 15
Em Espanha, o resultado das eleições municipais e regionais de domingo é a grande incógnita, face a uma cena política fragmentada.
O movimento 15M, que há quatro anos surgiu como protesto espontâneo, fez nascer novos partidos como o “Podemos” de Pablo Iglesias ou o “Cidadãos” de Albert Rivera
Nesta nova paisagem política, as sondagens prometem grandes desilusões para o Partido Socialista e o Partido Popular, que se têm alternado na governação nos últimos 30 anos.
Com o primeiro protesto nas Portas do Sol sete dias antes das eleições municipais e regionais de 2011, o 15M trouxe os cidadãos à rua para exigir transparência e novos mecanismos que regenerassem a democracia e a devolvessem à vontade e decisão dos cidadãos de uma forma mais directa. A herança deste movimento é hoje vísivel e tudo indica que pode vir a ganhar influência real na cena política espanhola.
Os movimentos cívicos, que criaram nos últimos anos iniciativas de solidariedade nos bairros, travaram milhares de despejos e fomentaram o debate sobre a crise, a educação e a saúde, vão certamente dar cartas, no escrutínio de domingo, das Astúrias a Valência, em 8000 municípios.
Em Barcelona, as sondagens dão o primeiro lugar nas municipais à plataforma cidadã “Barcelona em Comú”, liderada pela ativista da luta contra os despejos Ada Colau.
A jornada de reflexão, na véspera das eleições municipais e regionais (13 das 17 regiões, excetuando a Catalunha, Andalúzia, Pais Basco e Galiza) é particularmente importante, pois há ainda entre 30 e 45% de indecisos, que podem determinar o princípio do fim do poder do Partido Popular nos numerosos municípios e regiões de Espanha.