O tempo está a esgotar-se entre palavras de conciliação e de desavença
O braço de ferro entre a Grécia e os credores perpetua-se entre palavras de conciliação e de desavença. O ministro grego das Finanças, Yannis Varoufakis, reuniu-se esta segunda-feira com o homólogo alemão em Berlim:
“Eu tive uma conversa longa e produtiva com o Dr. Schauble. Nós temos um entendimento comum do problema. O objetivo era tentar alcançar uma solução desenhada, planeada e aceite por todos para o impasse em que nos encontramos, nos últimos anos, com esta interminável crise grega.”
O gabinete de Schauble não comentou o encontro mas a chanceler Merkel não pode fugir à questão na conferência de imprensa de encerramento do G7:
“É preciso sublinhar que não já não temos muito tempo. Esse é o problema e é por isso que todos temos de trabalhar de forma intensa. Depois de amanhã vamos ter a oportunidade de discutir o assunto com o primeiro-ministro grego, em Bruxelas, na cimeira União Europeia-América Latina. O que posso dizer é que todos os dias contam neste momento para fazer o que é preciso.”
Três dias depois de classificar a proposta europeia de “absurda”, no parlamento de Atenas, o primeiro-ministro Alexis Tsipras manifestou esta segunda-feira a vontade de concluir um acordo com a troika. Uma delegação de alto nível viajou esta segunda-feira para Bruxelas para preparar o encontro desta semana.
A Grécia tem de reembolsar 1,6 mil milhões de euros ao FMI no final do mês.