Deriva nacionalista da Hungria preocupam parceiros europeus

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De  Maria-Joao Carvalho
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A saudação de Jean Claude Juncker a Viktor Orban, divulgada em todo o mundo, marcou a abertura da cimeira dos 28 de Riga, há alguns dias. Amistosa e

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A saudação de Jean Claude Juncker a Viktor Orban, divulgada em todo o mundo, marcou a abertura da cimeira dos 28 de Riga, há alguns dias.

Amistosa e bem disposta, também não desmente a reputação ganha pelo primeiro-ministro húngaro.

Uns dias antes, no Parlamento Europeu, fustigava a política europeia de imigração, nomeadamente a proposta para repartir os encargos com dos requerentes de asilo por todos os parceiros:

Viktor Orban: - A Hungria e a União Europeia têm todos os motivos para enfrentar o problema da imigração económica. Estou convencido que a proposta da Comissão Europeia, é simplesmente absurda e insensata.

A abordagem da imigração na Hungria, entre outras questões, suscita inquietude na Europa.

O grupo de peritos do Conselho Europeu que redigiu um relatório sobre o tema, destaca a intolerância e o racismo, patentes em posters de rua.

Stephanos Stavros, Secretário Executivo da Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância (ECRI): - Estamos preocupados com os discursos de ódio, discursos dirigidos aos grupos mais vulneráveis, que são os migrantes de etnia Rom, os judeus, os homossexuais, os transexuais. Registamos um aumento da violência e dos problemas crescentes sobre os processos de integração das comunidades ciganas e a segregação dos seus filhos, enviados para escolas diferentes.

O partido húngaro de extrema-direita, o Jobbik, é um dos protagonistas do relatório do Conselho da Europa. Anti-Rom e anti-semita, fundado em 2003, obteve 20% de votos nas últimas eleições e é acusado por Bruxelas de fomentar o ódio impunemente.

Mesmo através dos Media, como no caso da Eco TV, uma estação muito favorável ao partido, que faz reportagens regulares sobre o jovem líder Gabor Vona. A campanha dos Media visa limpar a imagem do partido, diabolizada pela oposição

Mas o partido no poder, o Fidesz de Viktor Orban também é apontado a dedo. Um colunista do sistema qualifica frequentemente, nos seus editoriais, os Rom como animais que não têm direito à vida, e critica igualmente os judeus…

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