EUA/França: Escutas a presidentes eram "ajuda contra o terrorismo", diz Casa Branca

EUA/França: Escutas a presidentes eram "ajuda contra o terrorismo", diz Casa Branca
De  Ricardo Figueira com AFP, Reuters
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Os Estados Unidos minimizam o facto de pelo menos três presidentes franceses terem estado sob escuta da NSA.

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A França e os Estados Unidos já reagiram, oficialmente, às revelações do Wikileaks que caíram como uma bomba em França. Segundo essas notícias, os serviços de espionagem norte-americanos mantiveram sob escuta três chefes de estado franceses.

o chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, chamou a embaixadora dos Estados Unidos em Paris, Jane Hartley, para pedir explicações: “Podemos compreender que sejam espiar terroristas, mas espiar dirigentes de nações aliadas é algo completamente diferente. Pedi à embaixadora que nos fossem dadas explicações rapidamente”, disse Fabius.

EUA: A desculpa do terrorismo

Para a Casa Branca, esta vigilância foi feita no quadro da luta antiterrorista e os Estados Unidos quiseram apenas ajudar a França: “Há uma ameaça de terrorismo extremista no interior de França neste momento. O povo e o governo de França levam isso muito a sério. Estou contente por os Estados Unidos, dada a nossa relação especial e as nossas capacidades, poderem contribuir substancialmente para esse esforço de manter o país e os cidadãos de França em segurança”, diz o assessor de imprensa da Casa Branca, Josh Earnest.

Se para os norte-americanos tudo não passa de uma ajuda contra o terrorismo, o mesmo não pensam o presidente francês François Hollande e o primeiro-ministro Manuel Valls. Os Estados Unidos não justificaram o facto de as escutas remontarem pelo menos ao tempo da presidência de Jacques Chirac e terem também visado Hollande e o antecessor Nicolas Sarkozy.

Reações

No Twitter, vários políticos reagiram e pediram sanções aos EUA. Um deputado centrista chegou a defender a destruição da zona da embaixada americana onde as escutas foram feitas, como represália.

Si la France se respectait elle ferait détruire la partie de l'ambassade des États Unis ou à lieu les écoutes #WikiLeaks

— Yves Pozzo di Borgo (@YvesPDB) June 24, 2015

O ministro das finanças, Stéphane Le Foll, não ficou surpreendido…

"Le fait que je sois sur écoutes, ça fait longtemps que je me le dis. Avant même d'être ministre", dit @SLeFoll#Normal#FranceLeaks

— Lilian Alemagna (@lilianalemagna) June 24, 2015

Houve também quem tivesse reagido com humor.

pic.twitter.com/PKND7M36mM

— Damien Lempereur (@dlempereur) June 24, 2015

Quand @fhollande demandera à @POTUS si #WikiLeaksElysee c'est la vérité. #FranceLeaks#WikiLeakshttp://t.co/RbtCob7UX5

— Mehdi Z (@MehdiPeek) June 24, 2015

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