Nos Estados Unidos, os Republicanos não estão satisfeitos com o acordo alcançado sobre o programa nuclear iraniano. Há quem acredite que ele dá ao
Nos Estados Unidos, os Republicanos não estão satisfeitos com o acordo alcançado sobre o programa nuclear iraniano. Há quem acredite que ele dá ao Irão “importância no seio da comunidade internacional”, ou que o acordo “é uma forma de declarar guerra a Israel e aos estados sunitas”. O antigo diretor da CIA, o General Michael Hayden explica a questão:
“A parte mais decepcionante é o “acesso controlado” às inspeções. Eu estou perplexo com a forma como os iranianos conseguiram, com o acordo, ver aliviadas as sanções sobre armas convencionais e mísseis balísticos quando eles insistiram em que isso estivesse fora das negociações questão desde o início.”
Enquanto alguns democratas se mostram, também eles, céticos, há quem não tenha dúvidas, entre eles Daryll Kimball Diretor-executivo da Associação Americana para o Controlo de Armas:
“Este acordo mostra um sistema de monitorização, de inspeção, que é mais forte do que esperávamos depois do acordo que foi alcançado a 2 de abril. As pessoas dizem que é mais fraco mas elas não sabem do que estão a falar. Elas não entendem.”
Barack Obama, que saudou o acordo, dá, esta quarta-feira, uma conferência de imprensa dedicada a esta matéria veremos se, numa altura crucial como esta, ele consegue tirar as dúvidas, pelo menos, no seio do seu partido.
“Os candidatos presidenciais republicanos, não perderam tempo e dizem que o acordo é irresponsável e perigoso. Uma antecipação do debate político que se avizinha nos próximos meses. Ainda assim, o poder de veto presidencial torna muito difícil aos republicanos reverterem o acordo”, adianta Stefan Grobe, correspondente da euronews em Washington.