China devolve passaporte a artista e dissidente Ai Weiwei

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O artista e dissidente chinês Ai Weiwei recuperou, esta quarta-feira, o direito a sair do país depois de uma interdição de quatro anos. Ai publicou

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O artista e dissidente chinês Ai Weiwei recuperou, esta quarta-feira, o direito a sair do país depois de uma interdição de quatro anos.

Ai publicou, esta manhã, uma fotografia nas redes sociais com o seu passaporte, devolvido pelas autoridades chinesas, assim como com uma autorização oficial para poder viajar ao estrangeiro.

O artista tinha visto os documentos confiscados em 2011, depois de ser acusado por fraude fiscal, num processo visto pelos apoiantes como uma represália pelo seu ativismo.

Depois de passar 81 dias detido, Ai tinha sido libertado sob condição de não poder sair da cidade de Pequim e de limitar as suas aparições públicas.

Uma obrigação que não evitou que o artista, mesmo retido na capital, inaugurasse (em sua ausência) várias exposições no estrangeiro, continuando a conceder entrevistas à imprensa internacional.

A devolução do passaporte deverá permitir que o artista viaje ao Reino Unido para inaugurar uma retrospetiva da sua obra, na Real Academia de Arte de Londres em setembro.

O gesto das autoridades chinesas está no entanto longe de ser inocente, uma vez que o presidente Xi Jiping tem prevista uma viagem a Londres em outubro.

A trégua a Ai Weiwei volta assim a revelar, para alguns analistas, a “arte” da diplomacia chinesa em evitar mais críticas à questão dos direitos humanos, durante a receção do chefe de Estado chinês na capital britânica.

Ai limitou-se para já a revelar apenas que o seu primeiro destino no estrangeiro será Berlim, para visitar o filho que reside na cidade há 11 meses e para efetuar um “check-up” médico.

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