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Homem atropela multidão na China e faz 35 mortos em ataque de fúria devido a divórcio

Voluntários recolocam as flores colocadas no exterior da "Zhuhai People's Fitness Plaza" na quarta-feira, 13 de novembro de 2024.
Voluntários recolocam as flores colocadas no exterior da "Zhuhai People's Fitness Plaza" na quarta-feira, 13 de novembro de 2024. Direitos de autor  AP Photo/Ng Han Guan
Direitos de autor AP Photo/Ng Han Guan
De Oman Al Yahyai com AP
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O ataque ocorreu num pavilhão desportivo durante uma importante exposição de aviação no Sul da China, esta terça-feira. Apesar do incidente ter sido censurado pelo governo chinês, apreceram vários relatos da ocorrência nas redes sociais.

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Um homem alegadamente indignado com o acordo de divórcio conduziu o seu carro contra uma multidão que estava a fazer exercício num complexo desportivo, matado 35 pessoas e deixando dezenas de feridos graves, anunciou a polícia esta terça-feira.

As autoridades acreditam que os seus ferimentos foram auto-infligidos. A cidade de Zhuhai está atualmente a acolher a exposição de aviação do Exército Popular de Libertação, que começou na terça-feira. O acontecimento trágico levou a uma censura rigorosa da informação nas redes sociais chinesas, por detrás da Grande Firewall do país.

Fora do espaço online controlado pela China, circularam vídeos do incidente na rede social X. Em vários clipes, viam-se pessoas deitadas na pista do complexo desportivo, que centenas de habitantes locais utilizavam para correr, jogar futebol e dançar.

Num vídeo partilhado pelo bloguer de notícias Li Ying, conhecido pelo nome de "Teacher Li" no X, ouve-se uma mulher dizer: "Tenho o pé partido".

As imagens mostram também um bombeiro a fazer reanimação cardiopulmonar a uma vítima, enquanto outras pessoas eram forçadas a abandonar a área. Li é conhecido por publicar diariamente atualizações de notícias enviadas pelos utilizadores.

Para além das 35 vítimas mortais, a polícia confirmou que 43 pessoas ficaram feridas. Na terça-feira, as autoridades montaram barreiras para impedir a entrada no complexo desportivo, tendo o público prestado homenagem com flores numa praça próxima.

Voluntários recolocam as flores colocadas no exterior da “Zhuhai People's Fitness Plaza” na quarta-feira, 13 de novembro de 2024.
Voluntários recolocam as flores colocadas no exterior da “Zhuhai People's Fitness Plaza” na quarta-feira, 13 de novembro de 2024. AP Photo/Ng Han Guan

Aumento dos Ataques

Nos últimos anos, a China tem assistido a vários ataques públicos aparentemente aleatórios.

Em outubro, um homem foi detido por ter alegadamente atacado crianças com uma faca numa escola em Pequim, deixando cinco feridos. Em setembro, um ataque à mão armada num supermercado de Xangai causou três mortos e 15 feridos. Na altura, a polícia indicou que o suspeito era motivado por motivos financeiros.

Ainda antes, em maio, um ataque com faca num hospital da província de Yunnan provocou a morte de duas pessoas e 21 feridos.

A polícia apenas identificou o suspeito do ataque de segunda-feira pelo seu apelido, Fan. Foi encontrado inconsciente no seu veículo com uma faca e alguns ferimentos e está atualmente a receber tratamento médico.

As investigações preliminares sugerem que o suspeito estava descontente com a divisão dos ativos financeiros no seu recente divórcio.

As autoridades parecem estar a controlar rigorosamente as informações relacionadas com o incidente, uma prática comum na China durante eventos importantes como a exposição de aviação em curso.

Os artigos dos meios de comunicação chineses relacionados com o ataque foram retirados do ar na segunda-feira à noite.

Numa declaração feita na terça-feira à noite, o presidente chinês Xi Jinping apelou a uma punição legal "rigorosa" do autor do ataque. De acordo com a agência de noticias estatal Xinhua, Xi Jinping apelou também aos governos locais para que "reforcem as medidas de prevenção e controlo dos riscos, evitem a ocorrência de casos extremos e resolvam prontamente os conflitos e disputas".

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