Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Noruega recusa que o drama de utoya sequestre a memória coletiva

Noruega recusa que o drama de utoya sequestre a memória coletiva
Direitos de autor 
De Maria-Joao Carvalho
Publicado a
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Copied

A Noruega fecha um dos capítulos mais sangrentos de sua história. No dia 22 de julho de 2011, o país viveu o dia mais negro em tempo de paz quando

PUBLICIDADE

A Noruega fecha um dos capítulos mais sangrentos de sua história.

No dia 22 de julho de 2011, o país viveu o dia mais negro em tempo de paz quando Anders Behring Breivik assassinou 69 adolescentes e jovens adultos da juventude trabalhista.

Quatro anos mais tarde, a ilha de Utoya reabriu o campo de férias, pela primeira vez, desde o massacre, e os sobreviventes vieram com milhares de jovens para tentar superar o trauma infligido a toda a sociedade.

Mani Hussaini, líder do grupo: - É muito importante para nós. É algo que nos ultrapassa. Estamos aqui para restaurar a tradição do acampamento em Utoya e conjurar os nossos medos, pela primeira vez, desde os ataques terroristas que abalaram o nosso país. Vai ser muito difícil.

Nesse dia fatídico, Anders Breivik atacou, primeiro, o bairro governamental de Oslo, onde deflagrou uma bomba de 950 quilos, que matou oito pessoas.

Enquanto a polícia foi ao local da explosão, lançou a segunda fase do plano.

Duas horas mais tarde, chegou a Utoya e abriu fogo, indiscriminadamente, contra os jovens do acampamento de férias de verão, instalado na ilha. As vítimas morreram crivada de balas ou na tentativa de fuga. Não tiveram tempo para reagir.

Anders Behring Breivik foi detido, julgado e condenado à pena máxima de 21 anos de prisão.

Não recorreu da sentença, mas alegou que agiu para impedir a islamização da Noruega.

Memorial to Breivik's victims, Utoya pic.twitter.com/x7n9cgkWtR

— Paul Adams (@BBCPaulAdams) August 5, 2015

Num país que tem ‘o multiculturalismo nos genes’, as declarações de um nacionalista radical como Breivik provocaram espanto e indignação. A população reforçou o espírito de solidariedade.

Presidente da Juventude Trabalhista, Mani Hussaini:

- A comemoração da data mostra que formamos uma frente unida. Quando estamos juntos, o ódio não ganha terreno. Enquanto a sociedade defender os seus valores, nada nos pode parar nem reduzir ao silêncio. Mostramos que o amor é mais forte do que o ódio.

A reabertura da ilha tem um valor simbólico importante para os noruegueses. Apesar de Utoya ser lembrada pelo drama que viveu e pelos que lá morreram, também é o local em que se recusa que um episódio sombrio da história sequestre a memória coletiva.

#Utoya # now the youth summer camp is back pic.twitter.com/gxGdf9ZfT2

— Issam Ikirmawi (@iikirmawi) August 7, 2015

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Filho da princesa herdeira da Noruega acusado de 32 crimes, incluindo violação

Princesa Ingrid da Noruega estreia-se num jantar oficial de visita de Estado

Estudante norueguês detido sob a acusação de espiar os EUA para a Rússia