Mediterrâneo: 40 migrantes morrem asfixiados

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De  Nelson Pereira
Mediterrâneo: 40 migrantes morrem asfixiados

A marinha italiana encontrou este sábado pelo menos 40 migrantes mortos no porão de um barco de pesca, perto da costa Líbia.

Foram resgatadas cerca de 320 pessoas, das quais 45 mulheres e 3 crianças. Segundo a marinha italiana, a embarcação estava sobrelotada e afundar-se-ia antes de conseguir chegar à ilha italiana de Lampedusa.

Para o ministro do Interior da Itália, Angelino Alfano, estas tragédias vão repetir-se enquanto a crise líbia não for solucionada:

“Enfrentamos mais uma tragédia junto da costa líbia. Limitamo-nos a conduzir a operação da salvamento, não eram as nossas águas, eram águas territoriais líbias. Ou a comunidade internacional encontra uma solução para a crise líbia, ou a tragédia de hoje não será a última.”

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) informou na sexta-feira que cerca de 240 mil migrantes chegaram à Europa neste ano – um número muito próximo dos 278 mil registados em 2014. Os migrantes vêm, principalmente, da Síria, Eritreia, Somália e Nigéria.

Mais de duas mil e trezentas pessoas morreram, desde o início do ano, quando tentavam chegar à Europa.

A Itália e a Grécia são as principais portas de entrada para quem tenta entrar na Europa para fugir às crises no Oriente Médio e no norte da África.

De acordo com a OIM, desde o início de 2015 cerca de 102 mil imigrantes chegaram à Itália, depois de atravessar o Canal da Sicília, vindos da Líbia.

Segundo os dados recentes do governo de Atenas, 134.988 imigrantes pediram asilo na Grécia, vindos em embarcações que partiram da Turquia.

Se a estes números somarmos os 2.166 clandestinos que entraram em Espanha e os 94 registados em Malta, o número total é 239.248.