Frio na Europa central aumenta urgência no acolhimento de migrantes

Frio na Europa central aumenta urgência no acolhimento de migrantes
De  Dulce Dias  com EFE, AFP, Reuters, AP

Apesar da boa vontade declarada pela Alemanha para acolher migrantes, a chanceler alemã defende um sistema de quotas vinculativas

Com as temperaturas a descerem, na Áustria e na Alemanha, as autoridades tentam, com urgência, fazer face ao fluxo contínuo de migrantes.

Defendemos a necessidade de fixar quotas para que as pessoas que têm direito ao asilo sejam distribuídas de forma justa pelos diferentes Estados membros - Angela Merkel

A capacidade de acolhimento da gare oeste de Viena, por exemplo, aumentou para 900 pessoas em simultâneo. Só nas últimas últimas 24 horas, já acolheu mais de 7000, vindas da Hungria.

Muitas partiram quase de seguida para a Alemanha, o destino de eleição da maioria dos que procuram asilo na Europa.

Apesar da boa vontade declarada pela Alemanha para acolher migrantes, a chanceler alemã defende um sistema de quotas vinculativas. Um assunto que Angela Merkel discutiu com o primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven.

Apesar das disparidades – a Alemanha prepara-se para receber 800 mil pedidos de asilo, a Suécia apenas 80 mil -, os dois dirigentes estão de acordo.

“Nós, Alemanha e Suécia, defendemos a necessidade de fixar quotas para que as pessoas que têm direito ao asilo sejam distribuídas de forma justa, segundo os mesmos princípios, pelos diferentes Estados membros da União Europeia. Infelizmente, estamos longe disso mas acreditamos que algo tem de mudar”, afirmou Angela Merkel.

Só durante o fim de semana, a Alemanha acolheu mais de 20.000 pessoas. Muitas estão alojadas em abrigos temporários, como o pavilhão de exposições de Munique.

Segundo os responsáveis regionais, Munique tem capacidade para acolher, neste tipo de instalações, mais de 6.000 pessoas.

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