A Casa Branca saiu da sua tradicional reserva para criticar as declarações de um candidato às primárias republicanas. Ben Carson tinha defendido
A Casa Branca saiu da sua tradicional reserva para criticar as declarações de um candidato às primárias republicanas. Ben Carson tinha defendido, numa entrevista há alguns dias, que um candidato de confissão muçulmana não poderia apresentar-se à presidência dos Estados Unidos.
“Não, eu não defendo que um muçulmano possa liderar esta nação. Estou totalmente em desacordo com esta afirmação”.
As declarações foram imediatamente condenadas do lado democrata, quando o porta-voz da Casa Branca notava hoje o silêncio, quase cúmplice, do lado republicano.
Para o diretor do Conselho para as relações entre a América e o Islão, Nihad Awad, “esta posição é contrária à Constituição norte-americana. E é por isso que apelamos aos homens políticos, à opinião pública, aos líderes de comunidades e aos candidatos presidenciais para rejeitarem estas declarações e pedimos ao senhor Ben Carson para que se retire da corrida às presidenciais pois não tem perfil para liderar”.
A principal candidata do lado democrata, Hillary Clinton, não tardou a reagir, assim como outros candidatos, nas redes sociais, para condenar a afronta à lei fundamental do país.
A campanha de Carson tentou hoje retificar as declarações, afirmando que o candidato quis afirmar que, “o eleitorado norte-americano não está preparado para eleger um muçulmano”.
A polémica reflete um debate cada vez mais agressivo do lado republicano, onde candidatos como Donald Trump, não hesitam em “desenterrar” o argumento conspirativo de que Barack Obama professaria a religião muçulmana.