Alexandru Visinescu, hoje com 90 anos, apareceu em tribunal sem advogado e os juízes decidiram adiar a audiência para 25 de novembro, de forma a dar tempo ao réu para encontrar apoio jurídico.
Na Roménia, começou o julgamento do recurso de um antigo diretor de uma prisão da era comunista, que foi condenado a uma pena de 20 anos por crimes contra a humanidade.
Alexandru Visinescu, hoje com 90 anos, apareceu em tribunal sem advogado e os juízes decidiram adiar a audiência para 25 de novembro, de forma a dar tempo ao réu para encontrar apoio jurídico.
Visinescu foi acusado de ter promovido um “regime de exterminação” dos presos políticos durante o tempo em que dirigiu a prisão de Ramnicu Sarat.
A filha de um antigo preso político explica que as famílias das vítimas também apresentaram recurso da sentença “não para pedir uma pena mais dura, porque isso é irrelevante, dada a idade” do acusado, mas porque querem “uma qualificação jurídica mais clara” dos crimes cometidos pelo diretor da prisão na altura.
Alexandru Visinescu dirigiu a prisão de Ramnicu Sarat, no leste da Roménia, entre 1956 e 1963, ano em que o estabelecimento prisional foi encerrado.
Pelo menos 14 opositores do regime comunista morreram nesta prisão durante os anos em que Visinescu esteve à frente da instituição.
No julgamento em primeira instância, Visinescu não mostrou qualquer arrependimento pelas mortes, afirmando ter simplesmente “obedecido às ordens” dos superiores.
Durante a era comunista na Roménia, entre 1947 e 1989, mais de 600.000 opositores do regime foram detidos.