Venezuela: Maduro diz que "ganharam os maus"

Venezuela: Maduro diz que "ganharam os maus"
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De  Ricardo Figueira com Beatriz Beiras
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Como num filme de Hollywood, para o presidente venezuelano foram os "maus" a conseguir arrebatar 2/3 do parlamento de Caracas.

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É o fim de 16 anos de chavismo na Venezuela. A MUD, Mesa de Unidade Democrática, plataforma que une as forças da oposição, conseguiu 112 lugares no parlamento, ou seja, uma maioria de 2/3 que vai permitir à assembleia aprovar reformas profundas no país, mesmo se o governo se mantém fiel ao presidente Nicolás Maduro: “Pedimos ao governo nacional que tome medidas urgentes sobre a agenda económica e social. O país tem um grave problema de aprovisionamento. No que toca à alimentação, há uma escassez gravíssima”, diz o secretário-geral da MUD, Jesús Torrealba.

Allí donde el gobierno pone rumores, nosotros debemos construir CERTEZAS! #LaFuerzaEsLaUnión de hoy miércoles 9D: https://t.co/5YDhNTkvda

— Jesus Chuo Torrealba (@ChuoTorrealba) December 9, 2015

Outra prioridade da oposição é libertar os 80 presos políticos que existem no país. Diz Delsa Solorzano, deputada eleita pela oposição: “A unidade que foi expressa no domingo merece que o clima de harmonia e reconciliação seja respeitado. Merece uma declaração imediata de liberdade para todos os presos políticos”.

Amnistiar estes presos é algo que o presidente Maduro recusa, mesmo se aceitou os resultados: “Como chefe de Estado, não aceito nenhuma lei de amnistia, porque foram violados direitos humanos. Os maus impuseram-se e venceram. Venceram como vencem sempre os maus – Através da mentira e do engano”.

ES CIERTO #ContactoConMaduroNro50 La contrarrevolución que ganó lo primero que hizo fue sacar su ODIO desmedido pic.twitter.com/FhGvleVQgW

— Teresa Maniglia (@tmaniglia) December 9, 2015

Maduro lançou uma remodelação do governo, numa tentativa de recuperar a iniciativa política, depois do castigo nas urnas: “A minha opinião é que não fizeram um bom trabalho. Não deram nenhuns benefícios à comunidade e por isso veio tudo abaixo. Espero que o novo parlamento nos ajude e faça com que acabem estas filas intermináveis em que estamos todos os dias”, diz uma habitante de Caracas.

A Venezuela acaba o ano com uma grave penúria de bens alimentares e de primeira necessidade, cada vez mais difíceis de encontrar. A inflação ultrapassa os 85% e é a mais elevada dos últimos 15 anos. A popularidade do governo estava dependente dos subsídios e dos programas sociais que dependiam das receitas fiscais obtidas graças ao preço elevado do petróleo.

O quinto maior exportador mundial foi fortemente penalizado pela queda a pique nos preços do petróleo. O barril passou de 88,5 dólares para menos de 46 dólares, em apenas um ano.

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