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Tunisinos recompensados depois de "ano horrível"

Tunisinos recompensados depois de "ano horrível"
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De Ricardo Figueira com Beatriz Beiras
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A Tunísia protagonizou mais avanços democráticos que qualquer outro país da "Primavera Árabe", mas durante o ano de 2015 sofreu pelo menos três rudes golpes com o terrorismo.

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Uma fé inabalável no diálogo para resolver problemas políticos: É o lema do quarteto tunisino para o diálogo nacional, repetido na entrega da Legião de Honra em Paris, antes do Nobel em Oslo. O grupo lembrou também os atentados de Paris, a 13 de novembro e os de Tunes, 11 dias depois: “Os atentados que aconteceram em Tunes no mesmo mês foram uma tentativa de pôr fim ao processo democrático. Devemos ajudar esta jovem democracia a conservar a paz na Tunísia, em França e no resto do mundo”, disse Abdessattar Ben Moussa, presidente da Liga Tunisina para os Direitos Humanos.

Foi o que as quatro organizações fizeram em 2013. Ao organizar um diálogo nacional entre os islamitas do Ennahda, no poder, e a oposição, o quarteto salvou a transição democrática na Tunísia.

No meio do tumulto da primavera árabe, o país onde tudo começou em 2011 faz figura de exceção. Depois de décadas de ditadura e dois anos de conflitos e compromissos, os tunisinos adotam uma constituição progressista, que protege a liberdade de culto e os direitos das mulheres.

No final de 2014, os tunisinos voltam a ter ocasião de festejar, ao eleger pela primeira vez um presidente por sufrágio universal e com todas as garantias democráticas.

Mas 2015 foi o ano de todos os perigos para a jovem democracia: A 18 de março, o museu do Bardo é atacado por jihadistas, que fazem 22 mortos.

Em junho, o terror chegou à praia, em Sousse: Balanço: 33 mortos. É um golpe na indústria turística do país, vital para a recuperação económica.

Além disso, segundo a ONU, 5500 tunisinos terão partido para a Síria, para o Iraque ou para a Líbia, para combater em grupos radicais armados.

A 24 de novembro, o presidente Beji Caïd Essebsi foi obrigado a decretar o estado de emergência pela segunda vez no ano: Um ataque à bomba contra um autocarro da guarda presidencial fez 12 mortos. 11 dias depois do massacre de Paris, foi mais uma vez o grupo Estado Islâmico a reivindicar.

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