Os 195 países reunidos em Paris na conferência das Nações Unidas sobre o clima assinaram o primeiro acordo universal de luta contra as alterações
Os 195 países reunidos em Paris na conferência das Nações Unidas sobre o clima assinaram o primeiro acordo universal de luta contra as alterações climáticas e o aquecimento global.
Países desenvolvidos e em desenvolvimento comprometeram-se a caminhar para modelos económicos que reduzam as emissões de dióxido de carbono e gases de efeito estufa.
No acordo listam-se várias medidas vinculativas a longo prazo para tentar conseguir limitar a subida da temperatura a 1,5 graus.
Um dos compromissos é o financiamento, a partir de 2020, de 100 mil milhões de dólares anuais dos países mais desenvolvidos para os menos desenvolvidos conseguirem cumprir a política do clima.
“Convido agora a adotarem o projeto intitulado acordo de Paris que figura no documento. Estou a observar a sala, vejo que a reação é positiva, não vejo qualquer objeção… O acordo de Paris para o clima está aprovado”, anunciou Laurent Fabius, ministro francês dos Negócios Estrangeiros e presidente da conferência COP21.
Apesar de o histórico compromisso ser vinculativo, há ainda muito caminho pela frente, como explica Kumi Naidoo, diretor executivo da Greenpeace.
“Este acordo não nos tira do buraco. Nós ainda estamos nas profundezas. A diferença é que agora as laterais do buraco estão menos profundas e existem ganchos a que nos podemos agarrar… Construir um maior movimento popular em todo o mundo”, afirmou.