Multiplicam-se as reações da comunidade muçulmana xiita contra a Arábia Saudita, depois da execução do clérigo Nimr al-Nimr, figura de proa da
Multiplicam-se as reações da comunidade muçulmana xiita contra a Arábia Saudita, depois da execução do clérigo Nimr al-Nimr, figura de proa da contestação ao regime sunita.
O líder xiita foi executado juntamente com outros três membros da minoria religiosa e 43 “jihadistas” sunitas, acusados de terrorismo.
O porta-voz do ministério saudita do Interior explicou, em conferência de imprensa, que “as execuções foram efetuadas em distintas partes do reino” e que “os condenados tiveram a oportunidade de deixar por escrito as últimas palavras”.
O anúncio da execução de Nimr provocou protestos no distrito de al-Qatif, o único onde os xiitas são maioritários na Arábia Saudita e onde a sua detenção, em 2012, e posterior condenação tinham já suscitado vivas reações. Protestos semelhantes eclodiram em países de maioria xiita.
O Irão, grande potência xiita, considerou a execução como um “grave erro” e o movimento xiita libanês Hezbollah classificou-a de um “crime”.