O Parlamento espanhol foi constituído dividido entre dois partidos, novos e antigos, e pressionado para conseguir uma nova maioria frente ao desafio
O Parlamento espanhol foi constituído dividido entre dois partidos, novos e antigos, e pressionado para conseguir uma nova maioria frente ao desafio separatista da região da Catalunha.
Mais de 100 de seus 350 deputados são novos e representam a esquerda radical do Podemos e seus aliados, com 69 cadeiras, e os liberais do Cidadãos, com 40.
O primeiro ato parlamentar foi o acordo entre PP, PSOE e Cidadãos, que permitiu que o socialista Patxi López fosse eleito, hoje, presidente do Congresso, tornando-se o primeiro a não pertencer à força mais votada nas urnas.
Depois deste primeiro entendimento para a composição da Câmara, espera-se para ver a mesma boa vontade para a criação de governo, especialmente depois que os separatistas catalães conseguiram formar “in extremis” um governo decidido a proclamar a independência antes do final de 2017.
“Um acordo com o PSOE e com o Cidadãos pode ser feito por quatro anos” e permitiria “em primeiro lugar, as reformas de que a Espanha precisa (…) Em segundo lugar, consolidar a recuperação econômica (…) seria bem visto fora da Espanha e na Espanha por parte dos agentes econômicos e sociais”, disse Rajoy, nesta quarta-feira.
PP, PSOE e Cidadãos concordam “nos grandes temas”, como a unidade da Espanha, a soberania nacional, ou a União Europeia (UE), acrescentou.
O PSOE, segunda força mais votada, parece continuar apostando, porém, em uma aliança de partidos reformistas com Podemos e Cidadãos, apesar de estes dois últimos terem, inicialmente, excluído uma colaboração.