Moçambique: População foge do exército para o Malaui

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De  Michel Santos
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Centenas de Moçambicanos procuraram refúgio em campos no Malaui nos últimos dias depois de terem fugido de ações violentas do exército moçambicano

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Centenas de Moçambicanos procuraram refúgio em campos no Malaui nos últimos dias depois de terem fugido de ações violentas do exército moçambicano.

Questionados pela agência de notícias AFP, contam que os militares procuravam homens da Renamo, de Afonso Dhlakama. “Os soldados chegaram em veículos do governo para queimar casas e celeiros. Disseram que dávamos abrigo aos militantes da Renamo”, contou Omali Ibrahim, agricultor de 47 anos.

Outros refugiados interrogados pela AFP, corroboram a versão de Omali Ibrahim. “Poderíamos ter sido mortos pelos soldados do governo se não nos tivéssemos escondido”, diz Luciano Laitoni, de 60 anos.

Omali faz parte dos cerca de 300 refugiados, incluindo mulheres e crianças, que chegaram ao campo de Kapise na semana passada.

Nos últimos meses têm existido confrontos esporádicos entre as forças do governo e os militantes da Renamo.

O maior partido da oposição exige governar nas regiões onde afirma ter tido maior expressão eleitoral nas legislativas de 2014.

O governo defende que a Renamo tem de ser desarmada e deve escolher a via política para conseguir o que pretende.

O país ainda se está a recompor da terrível guerra civil que durou 15 anos entre 1977 e 1992, que provocou milhões de mortos e refugiados.

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