A Organização Mundial de Saúde estima que entre três milhões e quatro milhões de pessoas possam vir a ser infetadas
Apesar dos esforços das autoridades sul-americanas, o vírus zika continua a propagar-se.
A Organização Mundial de Saúde – que prepara uma reunião de urgência para segunda-feira – lança o alerta: o zika poderá vir a infetar entre três e quatro milhões de pessoas, sobretudo na Colômbia e no Brasil, onde se registam mais casos de infetados e de suspeitos.
“O vírus foi detetado, o ano passado, no continente americano, onde está a propagar-se de forma explosiva e já atingiu 23 países e territórios da região. O nível de alarme é extremamente elevado”, admite Margaret Chan, a diretora-geral da OMS.
O vírus zika é transmitido aos seres humanos pela picada de mosquitos infetados e está associado a complicações neurológicas e malformações em fetos.
Para as mulheres grávidas, a infeção representa um grave perigo, já que acarreta um risco de microcefalia.
“Pelo que a gente conhece da microcefalia nas outras situações, são situações gravíssimas, porque a gente sabe que mais de 90% dessas crianças vão ter retardo do desenvolvimento neuropsicomotor”, explica a ginecologista brasileira, Adriana Scavuzzi.
Nos Estados Unidos e no Canadá foram detetados doentes infetados com o zika. Todos tinham contraído a infeção em viagens à América Latina.
Em Portugal, de acordo com informações da Direção-Geral da Saúde, foram notificados seis casos de infeção, igualmente importados da América do Sul. Nenhum deles ocorreu em grávidas.