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Grande parte da população de Gaza morre de fome e a culpa é do homem, alerta OMS

Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), durante uma conferência de imprensa na sede da OMS em Genebra, Suíça, em 6 de abril de 2023
Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), durante uma conferência de imprensa na sede da OMS em Genebra, Suíça, em 6 de abril de 2023 Direitos de autor  Martial Trezzini/Keystone via AP, File
Direitos de autor Martial Trezzini/Keystone via AP, File
De يورونيوز
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De acordo com o gabinete de imprensa do governo em Gaza, o número de mortos devido à fome aumentou para 115, num contexto de falta quase total de alimentos, água e medicamentos.

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O diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, descreveu a crise humanitária em Gaza como uma "fome em massa provocada pelo homem" e sublinhou que esta é "causada pelo bloqueio".

Durante uma conferência de imprensa por videoconferência em Genebra, Tedros afirmou: "Não sei que outro nome dar ao que está a acontecer em Gaza que não seja o de fome em massa provocada pelo homem, e isso é muito claro". "Isto deve-se ao bloqueio."

مؤتمر صحفي لمدير منظمة الصحة العالمية

As observações do diretor da OMS vêm na sequência de uma carta de mais de 100 organizações humanitárias que alertam para a fome generalizada em Gaza, enquanto toneladas de ajuda congelada se acumulam nos pontos de passagem.

Tedros explicou que, mesmo quando Israel autorizou o reinício da distribuição de ajuda, entre março e maio, a ONU e os seus parceiros humanitários não puderam receber ajuda durante cerca de 80 dias e que, nessa altura, a quantidade era insuficiente.

Palestinianos deslocados recebem alimentos doados numa cozinha comunitária na Cidade de Gaza, no norte da Faixa de Gaza, na terça-feira, 22 de julho de 2025.
Palestinianos deslocados recebem alimentos doados numa cozinha comunitária na Cidade de Gaza, no norte da Faixa de Gaza, na terça-feira, 22 de julho de 2025. Jehad Alshrafi/ AP

A situação é "catastrófica", afirmou, com "cerca de 10% das pessoas rastreadas a sofrer de desnutrição grave ou moderada, e a taxa atinge 20% entre as mulheres grávidas".

A OMS afirmou que, desde o início deste ano, recebeu informações de que 21 crianças morreram de subnutrição na Faixa de Gaza, acrescentando que o número é provavelmente "muito mais elevado".

Só em julho, 5.100 crianças foram admitidas em programas de tratamento da desnutrição, incluindo 800 crianças que sofrem de emaciação grave, e os centros de tratamento da desnutrição estão cheios e sofrem de uma escassez aguda de fornecimentos para alimentação de emergência, disse a OMS.

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