O responsável da diplomacia turca alertou esta noite a Rússia para “as graves consequências” de novos ataques contra zonas civis, como aqueles
O responsável da diplomacia turca alertou esta noite a Rússia para “as graves consequências” de novos ataques contra zonas civis, como aqueles registados esta segunda-feira em Idlib e Aleppo.
Horas antes, de visita a Kiev, o primeiro-ministro turco tinha apontado o dedo a Moscovo, depois do Kremlin garantir que os seus bombardeamentos visam apenas “grupos terroristas”.
“O facto destas declarações serem pronunciadas apesar do acordo alcançado em Munique, mostra que a Russia não está interessada na paz ou num cessar-fogo e que está pronta a matar mais civis e levar a cabo mais massacres para garantir a sobrevivência do regime de Assad”, afirmou Ahmet Davotuglu.
O embaixador sírio na Rússia, Riad Haddad, apontou por seu lado responsabilidades aos Estados Unidos:
“Relativamente ao hospital que foi destruído, trata-se de uma ação da força aérea norte-americana. As forças armadas russas não têm nada a ver com esta ação e os nossos serviços secretos podem testemunhá-lo”.
Numa declaração publicada ao final da noite, os Estados Unidos acusavam o exército sírio e, “os seus aliados” de serem os autores dos bombardeamentos contra os hospitais e escolas no norte da Síria.
Em paralelo, o presidente Sírio Bashar Al-Assad, sem referir-se aos bombardeamentos, afirmou que o cessar-fogo previsto para o final da semana, “será difícil de implementar”, apontando o dedo aos “grupos terroristas” no terreno.