Perseguidos no seu país de origem e violentados no país de asilo, mais de uma centena de refugiados homossexuais têm a partir de hoje um abrigo em
Perseguidos no seu país de origem e violentados no país de asilo, mais de uma centena de refugiados homossexuais têm a partir de hoje um abrigo em Berlim.
A principal associação alemã de defesa dos direitos da comunidade gay e lésbica, “Schwulenberatung Berlin”, inaugurou um centro de acolhimento destinado a uma comunidade abalada por mais de cem casos de abusos sexuais desde o ano passado.
Para Stephan Jaekel, responsável do novo centro:
“São refugiados como os outros, mas estão mais isolados ao nível cultural e são vítimas de violência, da violência psicológica até à violência física, com casos de braços e narizes partidos até tentativas de assassínio”.
Berlim segue assim o exemplo de Nuremberga que tinha aberto o primeiro centro do género, com capacidade para apenas 10 pessoas.
A maioria dos refugiados pertencem à comunidade gay, lésbica e transsexual, perseguida pelo grupo Estado Islâmico na Síria e no Iraque.
A Alemanha teria registado pelo menos 13 casos de abusos sexuais sobre refugiados homossexuais, desde Agosto do ano passado, quando há relatos de centenas de outros casos em centros um pouco por toda a Europa, de Espanha à Finlândia.