Na véspera de mais uma ronda de negociações em Genebra sobre o conflito sírio, o destino de Bashar al-Assad continua a ser o pomo da discórdia.
Na véspera de mais uma ronda de negociações em Genebra sobre o conflito sírio, o destino de Bashar al-Assad continua a ser o pomo da discórdia. O secretário de Estado norte-americano John Kerry criticou este domingo o seu homólogo sírio por este recusar discutir o futuro de Bashar al-Assad.
O chefe da diplomacia síria, Walid Muallem, disse no sábado que não aceita discutir o futuro de Bashar al-Assad em Genebra. John Kerry reagiu acusando Walid Muallem de “perturbar o processo, enviando uma mensagem de desencorajamento.”
O chefe da dilplomacia francesa juntou-se às críticas e classificou de provocação as declarações de Walid Muallem. “Concordamos que para garantir a credibilidade das negociações é indispensável respeitar plenamente o cessar-fogo e permitir o acesso à ajuda humanitária”, disse ainda Jean-Marc Ayrault.
Muallem opôs-se igualmente a que o enviado das Nações Unidas, Staffan de Mistura, tenha voz sobre futuras eleições presidenciais na Síria, que considera “da responsabilidade exclusiva do povo sírio”. De Mistura defende que deveriam ser realizadas eleições presidenciais e legislativas na Síria num prazo de 18 meses.
Os grupos da oposição síria que integram o Alto Comité de Negociações, que participam também nas negociações em Genebra querem que seja discutida a constituição “de um governo transitório dotado de todos os poderes executivos”, do qual seria excluído Assad.