Irão: Khamenei defende que o futuro do país passa pelos mísseis

Irão: Khamenei defende que o futuro do país passa pelos mísseis
De  Euronews com Reuters
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O líder religioso supremo do Irão é citado no seu website como afirmando que “a chave do futuro da República Islâmica do Irão está nos mísseis e não

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O líder religioso supremo do Irão é citado no seu website como afirmando que “a chave do futuro da República Islâmica do Irão está nos mísseis e não em negociações e quem diz o contrário é ignorante ou traidor”, numa saída em defesa dos testes de mísseis balísticos feitos no início do mês pela Guarda Revolucionária iraniana e que suscitaram criticismo do Ocidente.

“Dire que l'avenir du monde est de la #négociation, pas #missile; est pas juste.

— Ayatollah Khamenei (@Khamenei_Fra) 30 mars 2016

O Ayatollah Ali Khamenei responde assim ao ex presidente Akbar Hashemi Rafsanjani, líder de facto de uma aliança política mais moderada e que escreveu na semana passada na sua conta de twitter que “o futuro está no diálogo, não nos mísseis”.

Khamenei apoiou o acordo nuclear de 2015 com o denominado P5+1 (China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e Alemanha), mas desde então pediu ao Irão que evitasse uma maior aproximação com os EUA e os seus aliados e que mantivesse a sua força económica e militar.

A Guarda Revolucionária levou a cabo testes balísticos no início do mês de março. Vários países europeus e os Estados Unidos afirmaram então numa carta conjunta que os testes desafiavam uma resolução do Conselho de Segurança da ONU.

ONU : les grandes puissances dénoncent les tirs de missiles iraniens https://t.co/xOl6AVC128#Iran#Missile#ONU

— SpecialDefense (@Infos_defense) 30 mars 2016

O secretário -geral da Organização, Ban Ki-Moon, reagiu dizendo que apesar do “alarme” e “preocupação” que os testes causam, cabe aos membros do Conselho de Segurança decidir se e que tipo de sanções ou medidas devem ser aplicadas.

A Rússia, um membro permanente com poder de veto do Conselho de Segurança, declarou que os testes não violam a Resolução 2231, resultante do acordo nuclear de 2015, segundo a qual o Irão restringe o seu programa nuclear e obtém alívio das Nações Unidas e de seis outras potências mundiais, incluindo os estados Unidos, nas sanções económicas.

Segundo o chefe do departamento ministerial para a não proliferação e controlo de armas russo, Mikhail Ulyanov, a Resolução 2231 não contempla a exclusão de testes de mísseis balísticos.

O Irão tem negado que os testes de mísseis balísticos tenham o objectivo de carregar armas nucleares.

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