O presidente ucraniano já reagiu ao seu envolvimento no caso ‘Panama Papers’. Petro Poroshenko não nega a existência da Prime Asset Partners mas
O presidente ucraniano já reagiu ao seu envolvimento no caso ‘Panama Papers’. Petro Poroshenko não nega a existência da Prime Asset Partners mas assegura que não foi violada qualquer lei. A Procuradoria-Geral da Ucrânia confirma não haver “indício de crime”. Em Tóquio o chefe de Estado ucraniano afirmou que se limitou a separar política da vertente pessoal:
“Quando me tornei Presidente declarei, imediatamente, todos os meus negócios com absoluta transparência e uma confiança cega num dos maiores bancos de investimento do mundo. Agora já posso dizer-lhes que se trata do Rothschild.
Este tipo de iniciativas é uma prática comum. O objetivo não é pagar menos impostos, não é nada secreto, de todo. Está tudo registado em meu nome e é público, foi mesmo publicado nos media ucranianos. Não foi uma empresa que abriu uma conta bancária e essa empresa não recebeu um cêntimo da Ucrânia e o único objetivo foi ser transparente, separar a parte empresarial do papel de Presidente ucraniano para evitar qualquer influência política”, explicou o presidente ucraniano.
Em nome da transparência Petro Poroshenko anunciou, ainda em Tóquio, em conferência de imprensa, novas medidas a serem implementadas na Ucrânia:
“Tenho a intenção de fazer uma reforma significativa que tornará impossível utilizar empresas e contas offshore na Ucrânia. E esse será o próximo passo significativo do meu programa de reforma”, acrescentou Poroshenko.
A atividade empresarial de Petro Poroshenko é sobejamente conhecida. Ele é o “Rei do Chocolate” ucraniano, pela fortuna que fez neste setor. É também, entre outras coisas, dono de um canal de televisão que teve um papel importante na revolução ucraniana.