A revolta dos milhares de refugiados "abandonados" em Idomeni

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A revolta aumenta entre os milhares de refugiados bloqueados há várias semanas em Idomeni, entre uma fronteira fechada e o risco de deportação

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A revolta aumenta entre os milhares de refugiados bloqueados há várias semanas em Idomeni, entre uma fronteira fechada e o risco de deportação.

Centenas voltaram a protestar esta quarta-feira, para exigir a reabertura da passagem para a Macedónia, para prosseguirem a viagem para o centro da Europa.

Apesar dos apelos repetidos de Atenas para que se dirijam aos centros de registo, 11 mil permanecem no campo improvisado.

‘É uma situação muito difícil e torna-se impossível continuar a viver assim. Prefiro regressar e morrer na Síria do que morrer aqui”, afirma um refugiado.

Uma degradação diária das condições no campo improvisado que é denunciada pelas organizações humanitárias no terreno, as únicas a prestarem assistência aos refugiados.

Katrine Sanake, coordenadora de uma ONG norueguesa, explica:

“Claro que precisam de comida todos os dias, assim como de roupa. Também distribuímos alguidares com água para que possam lavar a roupa, a loiça e para que possam tomar banho, pois é impossível encontrar um sítio para tomarem banho por aqui”.

Apesar do desânimo, os refugiados prometem não arredar pé, por entre rumores diários sobre a reabertura da fronteira e o medo de serem deportados. Apenas mil terão decidido trocar Idomeni pelos centros de registo nas últimas semanas.

Uma situação similar àquela vivida no porto do Piréu, onde mais de 4.700 refugiados se encontram acampados, em condições deploráveis.

O ministro dos Assuntos europeus grego, Nikos Xydakis, anunciou ontem que a situação poderá prolongar-se por mais duas semanas, data em que deverão ser retomadas as deportações para a Turquia.

O responsável político queixa-se da falta de meios para tratar todos os pedidos de asilo, quando as autoridades gregas examinaram apenas entre 400 e 500 pedidos nas últimas semanas.

Segundo os últimos dados, a Grécia acolhe atualmente mais de 50 mil refugiados, distrubuídos por vários campos do país, mas também bloqueados em condições degradantes em locais como Idomeni e no porto do Piréu.

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