Nova greve na Grécia pelo fim da austeridade paralisa aeroporto

Nova greve na Grécia pelo fim da austeridade paralisa aeroporto
De  Francisco Marques  com STAMATIS GIANNISIS, LUSA

Uma greve de 24 no setor público da Grécia provocou esta quinta-feira problemas em hospitais e escolas, paralisou o aeroporto de Atenas e até

Uma greve de 24 no setor público da Grécia provocou esta quinta-feira problemas em hospitais e escolas, paralisou o aeroporto de Atenas e até programas de televisão foram suspensos.

O protesto promovido pela união de sindicatos ADEDY insurgiu-se contra a reforma no sistema de pensões e um novo aumento de impostos anunciado pelo governo para fazer face às exigências incluídas no programa do terceiro resgate ao país pelos credores internacionais: Comissão Europeia, Mecanismo Europeu de Estabilidade, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.

(A lista de principais atrasos e cancelamentos no aeroporto de Atenas deve-se à greve de 24 horas.)

Na rua, tal como antes da subida ao governo do partido de esquerda Siriza, os protestos começam a orientar-se para um bloqueio às pretensões internacionais. “Se o governo quiser, pode arranjar o dinheiro para o fundo de pensões. Enfrentar os credores e para de pagar a dívida em vez de continuarem a sobrecarregar os trabalhadores”, afirmou uma manifestante.

Um outro manifestante lembrou que “as pessoas depositaram todas as esperanças no governo Siriza, mas” — lamentou — “infelizmente agora estão a perceber que o Siriza está a fazer o mesmo que os antecessores.”

(Coligação alemã acredita que a Grécia e os credores vão chegar a acordo para desbloquear os fundos do resgate

Com o terceiro resgate em cima da mesa e mais austeridade no horizonte, a Grécia voltou a ver o desemprego subir, atingindo agora 24,4 por cento dos gregos. A acompanhar as manifestações, o correspondente da euronews em Atenas avisa que “ já não são apenas os funcionários públicos a reagir”.

“Protestos similares contra a reforma da segurança social surgem também do setor privado e os trabalhadores ameaçam agravar ao máximo os protestos assim que a reforma das pensões ainda a ser negociada com os credores internacionais entre no parlamento de Atenas”, revelou Stamatis Giannisis.

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