A abertura do processo de destituição da presidente do Brasil recebeu o voto favorável da comissão parlamentar criada especialmente para avaliar o
A abertura do processo de destituição da presidente do Brasil recebeu o voto favorável da comissão parlamentar criada especialmente para avaliar o pedido de “impeachment”.
Depois de mais de dez horas de um vivo debate, marcado por acusações e insultos, o relatório que recomendava o lançamento do processo contra Dilma Rousseff foi aprovado por uma maioria de 38 dos 65 deputados presentes.
A votação final, no plenário da Câmara dos Deputados, deverá acontecer no próximo domingo.
Numa enorme manifestação de apoio a Rousseff no Rio de Janeiro, ao lado do músico Chico Buarque, o mentor e antecessor da presidente, Lula da Silva, fustigou os opositores:
“Eu jamais imaginei, aos 70 anos de idade, a gente ver golpistas tentando tirar uma presidente eleita democraticamente pelo voto popular.”
Suspeito de corrupção no escândalo Petrobras, Lula viu suspensa pela Justiça a nomeação, em março, para integrar o governo de Rousseff.
Para que o Senado possa dar início ao processo que culminaria com o afastamento da presidente, serão necessários os votos de pelo menos 342 deputados, dois terços do total.
Na eventualidade da destituição, será o vice-presidente Michel Temer que assumirá o cargo de forma interina até ao fim do mandato, em 2018. Temer admitiu esta segunda-feira um “erro”, depois da divulgação de uma mensagem áudio, na qual antecipava o discurso que faria após o “impeachment” de Rousseff.