O Supremo Tribunal Federal do Brasil rejeitou uma ação do governo para anular o processo de destituição contra a Presidente Dilma Rousseff .
O Supremo Tribunal Federal do Brasil rejeitou uma ação do governo para anular o processo de destituição contra a Presidente Dilma Rousseff .
A decisão dos juizes aconteceu numa sessão extraordinária para analisar cinco ações, a poucos dias do crucial voto previsto para domingo na câmara baixa do Congresso e que agora tem luz verde .
Governo e oposição contam espingardas.
“A minha expectativa em relação à votação do ‘impeachment’ é que vamos obter os votos necessários para o afastamento da presidente Dilma Rousseff pelo crime de responsabilidade, que a Presidente cometeu ao não consultar o Congresso Nacional para alocar e gerir recursos de bancos, bancos estatais”, diz António Carlos Gomes da Silva, do Partido Republicano do Brasil.
A fação de Dilma Rousseff defende a ilegalidade do processo e fala mesmo em golpe.
“Existem dois elementos que não deixam nenhuma dúvida, que estamos perante um golpe à Constituição. O 1º é que o processo foi aberto sem ‘interesse público’. O 2.º aspeto é que no Brasil existe a possibilidade de destituição de um Presidente da República, mas somente quando é provado um crime de responsabilidade e não não nenhuma hipótese de dizer que a Presidente tenha tido má-fé ou a intenção de cometer um crime”, diz Paulo Pimenta, do Partido dos Trabalhadores.
De acordo com as intenções declaradas dos deputados, publicadas pelo jornal Estadão, a abertura do processo de destituição é um facto, pois já existem 342 deputados a favor. Mas até domingo muito pode acontecer.