Brasil: Temer sai da sombra

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É a oportunidade para Michel Temer, vice-presidente do Brasil desde 2011 sair da sombra. É o homem que vai substituir Dilma Rousseff durante o

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É a oportunidade para Michel Temer, vice-presidente do Brasil desde 2011 sair da sombra. É o homem que vai substituir Dilma Rousseff durante o processo e assumir a presidência interina, pelo menos, nos próximos meses.

Creditado com cerca de dois por cento das intenções de voto, há muito que o político do Partido do Movimento Democrático Brasileiro aguardava por este momento.

A imprensa brasileira garante que o até agora vice-presidente já tinha pronto o novo executivo mesmo antes de conhecida a decisão do Senado e que a maioria dos ministros já estaria definida. Fontes próximas do político garantem que o número de ministérios vai ser reduzido de 32 para 22, uma medida simbólica que vai ao encontro de uma das prioridades de Temer: por em ordem as contas públicas.

De acordo com a agência de notação financeira Moody’s o Brasil deve permanecer em recessão até 2018. Este ano, o Produto Interno Bruto deve recuar cerca de quatro pontos percentuais. A inflação que em fevereiro atingiu o valor mais elevado, desde 2003, mantém-se na ordem dos 10 por cento e as taxas de juro ligeiramente acima dos 14 pontos percentuais. Recorde-se que o Brasil encerrou o ano de 2015 com um défice de 25,7 mil milhões de euros.

O desemprego afeta mais de 10 milhões de brasileiros. Os analistas não têm dúvidas que vão ser precisas reformas estruturais para mudar o rumo do país. Resta saber se o presidente interino vai ser capaz de impor mudanças, nem sempre populares, em ano de eleições municipais.

O analista brasileiro Michael Freitas Mohallen não acredita que o problema da recessão “possa ser resolvido de imediato” independentemente das medidas tomadas ou do governo no poder.

Este cocktail conta com um outro ingrediente explosivo chamado Petrobras. Os aliados de Lula da Silva e de Rousseff pedem o afastamento de Temer que acusam de estar ligado ao escândalo de corrupção e onde estarão envolvidos outros dirigentes do Partido do Movimento Democrático Brasileiro.

Certo, é que a política tem tirado protagonismo ao desporto a poucos meses do país receber os Jogos Olímpicos (que vão decorrer entre 5 e 21 de agosto).

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