O braço de ferro entre o Governo e os sindicatos, sobre as alterações à lei laboral promete continuar, em França.
O braço de ferro entre o Governo e os sindicatos, sobre as alterações à lei laboral promete continuar, em França.
As greves no setor dos combustíveis ameaçam paralisar o país.
Seis das oito principais refinarias francesas estão paradas ou a trabalhar abaixo das capacidades, segundo a União Francesa das Indústrias de Petróleo.
A refinaria de Feyzin, a sul de Lyon, transforma mais de 5 milhões de toneladas de petróleo bruto, por ano. Desde sexta-feira, tal como outras refinarias em França, não produz absolutamente nada.
Com os combustíveis a escassearem, a opinião pública começa a insurgir-se contra os sindicatos e grevistas, que se defendem que estão apenas a exercer o direito de lutar por condições laborais mais favoráveis.
“Não estamos a ficar com as pessoas como reféns. Estamos a exercer o nosso direito à greve para combater as propostas do governo sobre essa lei laboral. Somos a favor da remoção desta lei. Somos uma refinaria estratégica. Então, na verdade, é compreensível que isso possa irritar as pessoas devido a uma escassez de gasolina, mas não somos responsáveis pela falta de combustível”, afirma o secretário federal FO Fédéchimie, Jean-François Vapillon.
Um pouco por toda a França o cenário repete-se. As estações de serviço estão desertas por falta de combustível.
Exemplo disso, a petrolífera francesa Total informou, esta sexta-feira, que das 2200 estações de serviço, que tem no país, um terço está em rotura total ou parcial e 66 foram requisitadas pelas autoridades para fornecer os serviços prioritários.