Os países membros da OPEP continuam sem se entender relativamente a um novo teto para a produção de petróleo.
Os países membros da OPEP continuam sem se entender relativamente a um novo teto para a produção de petróleo. Apesar das discordâncias, o decréscimo de tensão entre Riade e Teerão foi evidente esta quinta-feira. O representante saudita prometeu não inundar o mercado enquanto o enviado persa defendeu o direito a aumentar a produção.
No final, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) lembrou que o barril de crude ronda agora os 50 dólares e que em janeiro custava quase metade. Os presentes afirmaram ser este um sinal de que o mercado está a reequilibrar-se.
O resultado desta reunião não surpreendeu os analistas, que evocam mesmo um não-acontecimento. Os desacordos permanentes colocam em questão o cartel, mas o presidente-interino da organização, Abdalla Salem el-Badri, fez questão de sublinhar que “a OPEP não morreu. A OPEP está viva e é um importante segmento da economia mundial.”
Opec is not dead — it is adapting https://t.co/iaw7tBiYuLpic.twitter.com/MJLxBwzKeq
— Financial Times (@FT) 2 de junho de 2016
O único consenso alcançado na reunião semestral de Viena prende-se com a escolha do novo secretário-geral da organização, o nigeriano Mohammed Barkindo. Um ato que mostrou um entendimento raro entre a Arábia Saudita e o Irão. Esta nomeação estava bloqueada há quatro anos devido às desavenças entre os dois vizinhos do Golfo Pérsico.