França: sindicatos e governo mantêm braço de ferro

A dois dias do início do Euro 2016, os sindicatos franceses mantêm a pressão sobre o governo.
Infelizmente, sim, vamos continuar o movimento mesmo se venha a perturbar o Euro
Sindicalista, FO
Desta feita são os trabalhadores de uma das maiores centrais de incineração da Europa que protestam contra as reformas à lei laboral francesa.
Os trabalhadores da central em Ivry-sur-Seine, a sul de Paris, com destaque para os membros do sindicato CGT, entraram em greve na terça-feira bloqueando as instalações.
Também nos caminhos-de-ferro a situação permanece tensa.
Em Paris, na estação Gare du Nord, trabalhadores dos caminhos-de-ferro bloquearam esta quarta-feira um comboio que transportava o troféu do euro 2016 à sua chegada à capital.
“Infelizmente, sim, vamos continuar o movimento mesmo se venha a perturbar o Euro. Tanto pior. Pessoalmente, preferia que a nova legislação tivesse sido retirada antes para não haver problemas durante o Euro”, afirmou Philippe Nunes, membro do sindicato FO.
A fim de resolver as tensões, os caminhos-de-ferro franceses SNCF anunciaram propostas que visam manter as condições atuais de trabalho.
Esta quarta-feira, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, afirma que o Estado poderia absorver parte da enorme dívida acumulada por esta empresa pública.
A nova legislação laboral pretende flexibilizar o mercado de trabalho e combater a taxa de desemprego que se mantém nos 10%.