Ataque a igreja francesa: O que sabemos até ao momento

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De  Antonio Oliveira E Silva  com LURDES DURO PEREIRA, JOÃO DUARTE, AFP
Ataque a igreja francesa: O que sabemos até ao momento

Com Lurdes Duro Pereira, João Duarte e AFP. Em atualização.

Os jornalistas da redação em língua portuguesa da Euronews acompanham desde esta manhã o ataque levado a cabo por dois homens contra uma igreja na localidade francesa de Saint-Etienne-du-Rouvray, no departamento de Seine-Maritime, região da Normandia. Um padre de 86 anos foi degolado e uma pessoa resultou ferida com gravidade. Aqui fica o tudo o que sabemos sobre o ataque até ao momento, incluídas as reações da classe política e do Vaticano:


  • Dois homens entraram na igreja da localidade normanda de Saint-Étienne-du-Rouvray, com pouco mais de 28 mil habitantes, por volta das nove e meia locais, quando tinha lugar a missa matinal. Fizeram reféns de todos os que se encontravam na igreja, mataram um padre e deixaram uma pessoa gravemente ferida.

  • Ao deixar a igreja, os dois homens foram cercados por agentes da Brigada de Busca e Intervenção (BRI, pelo acrónimo em língua francesa) de Rouen, que acabaram por abatê-los.

  • A Câmara Municipal de Saint-Etienne-du-Rouvray disponibilizou um gabinete de assistência psicológica a todos os afetados.

  • Segundo a polícia, os dois homens que levaram a cabo o ataque seriam dois terroristas que teriam jurado fidelidade aos jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico (EI) ou Daesh, pela sigla em língua árabe. A informação foi posteriormente confirmada pelo presidente da República francesa, François Hollande, em conferência de imprensa.

  • O Daesh reivindicou a responsabilidade pelo ataque pouco tempo depois e referiu-se aos dois atacantes como “soldados” do Estado Islâmico. O comunicado do grupo jihadista foi difundido pela Amaq, que o grupo define como a sua agência de imprensa, na realidade um órgão de propaganda do grupo jihadista.

  • Os meios de comunicação franceses dizem que um dos autores da tomada de reféns seria conhecido dos serviços antiterroristas e que estaria em liberdade condicional, depois de condenado por atividades relacionadas com terrorismo jihadista e de ter tentado viajar para a Síria no ano passado.

  • O padre degolado chamava-se Jacques Hamel, tinha 86 anos, foi ordenado padre em 1958 e “era conhecido por todos na região,” segundo Auguste Moanda-Phuati, representante da igreja católica, em entrevista a uma rádio privada francesa, a RTL.

  • O Vaticano disse estar “particularmente chocado” com o ataque porque supõe “uma violência horrível que teve lugar dentro de uma igreja, um lugar onde se fala do amor de Deus.”

  • Numa curta declaração à imprensa, o presidente francês disse ainda que o Daesh declarou guerra à França e que seria necessário “combater a organização com todos os meios disponíveis.”

  • Mais reações em França


    Nicolas Sarkozy, líder do partido Les Républicains (LR), principal força de oposição, e provável candidato às eleições presidenciais de 2017, defendeu uma postura “sem ambiguidades” e sem misericórdia face aos jihadistas.
    A líder do partido de extrema-direita Frente Nacional, Marine Le Pen, acusou “os que governam a França durante os últimos trinta anos de uma imensa responsabilidade“ no sucedido. Disse ainda que “vê-los falar sem parar é revoltante.”