O responsável pelo inquérito de investigação dos casos de agressão a menores aborígenes nas prisões australianas demitiu-se, esta segunda-feira.
O responsável pelo inquérito de investigação dos casos de agressão a menores aborígenes nas prisões australianas demitiu-se, esta segunda-feira.
Brian Martin abandona o cargo depois dos líderes aborígenes se terem recusado a cooperar nas investigações por não estarem representados no comité e por o inquérito ser nacional.
A Comissão Real irá agora ser conduzida pelo aborígene e comissário de Justiça Social, Mick Gooda, e pela juíza do Supremo Tribunal já reformada, Margaret White.
“Não sou a única pessoa capaz de conduzir esta Comissão de inquérito de forma eficaz e competente. É fundamental que a pessoa a ser nomeada tenha a confiança daqueles que estão vitalmente preocupados com este assunto”, comunicou Brian Martin.
Os aborígenes representam apenas 3 por cento da população australiana. Mas, destes, 27 por cento estão presos e perfazem 94 por cento dos prisioneiros juvenis do Território do Norte.
Os 700 mil cidadãos indígenas figuram esmagadoramente nos últimos lugares de todos os indicadores sociais e económicos do país.
A Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos pede que as vítimas sejam compensadas e que o Protocolo Opcional para a Convenção Contra Tortura seja ratificado.