Na Venezuela, o referendo revogatório do presidente Nicolás Maduro só deverá ter lugar no próximo ano, ao contrário do desejado pela oposição.
Na Venezuela, o referendo revogatório do presidente Nicolás Maduro só deverá ter lugar no próximo ano, ao contrário do desejado pela oposição.
Segundo o calendário revelado pela Comissão Eleitoral, a provável recolha de 20% das assinaturas dos eleitores, ou seja, de quatro milhões de venezuelanos, só deverá ter lugar no final de outubro.
Tendo em conta o longo processo, o referendo poderá ter lugar em fevereiro ou março, o que evitaria ao Partido Socialista, no poder, a eventual convocação de eleições antecipadas.
Opine. Si se cumplen los requisitos de ley en #Venezuela, el #referendo revocatorio podría ser en el primer trimestre de 2017
teleSURtv</a></p>— Abraham Istillarte (
abrahamteleSUR) 9 de agosto de 2016
A oposição acusa a Comissão Eleitoral de atrasar o processo, mas não baixa os braços.
Jesus Torrealba, secretário da coligação da oposição, reitera: “Haverá a convocação de um referendo e terá lugar este ano, em 2016, porque é tecnicamente possível, porque é politicamente pertinente e porque é socialmente indispensável”.
A oposição convocou uma manifestação para 1 de setembro, para pressionar as autoridades eleitorais e tentar acelerar o processo.
Oposición venezolana pide presión social para agilizar el #referendohttps://t.co/RPFEqsuwBB#Venezuelapic.twitter.com/KeDnfXGAfb
— DW (Español) (@dw_espanol) 9 de agosto de 2016
O objetivo é realizar o referendo antes de 10 de janeiro de 2017, para forçar a convocação de eleições antecipadas. Após 10 de janeiro, o presidente Nicolás Maduro poderá nomear o vice-presidente para assumir o poder e terminar o mandato em 2019.
A Venezuela enfrenta uma grave crise económica e financeira, acentuada pela queda do preço do petróleo.
Uma das últimas sondagens, do Instituto Venebarometro, revela que 64% dos eleitores votaria contra Nicolas Maduro.