A euronews no "arrepiante" campo de migrantes e refugiados de Röszke-Horgos

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Reportagem da nossa correspondente em Budapeste, Nòra Shenouda, num local onde a situação humanitária, inclusive a de "bebés com poucos dias de vida", é descrita como degradante.

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Um ano depois, a situação em Röszke-Horgos deixou de ser notícia nos meios de comunicação internacionais, mas a situação na “selva” de migrantes no lado sérvio, em Horgos, continua a ser muito complicada e o primeiro-ministro húngaro já ameaçou com o desmatelamento do campo de Roszke, no lado norte da fronteira.

Durante o verão, mais de 100 migrantes chegaram por dia à fronteira entre a Sérvia e a Hungria. Agora, são mais de 250. A maioria oriunda do Afeganistão e do Paquistão.

#Horgos: reportage al confine tra Serbia e Ungheria, dai campi profughi che Orban vuole smantellare https://t.co/riUHtQjwvc

— Lettera43 (@Lettera43) 21 de agosto de 2016

A euronews teve acesso ao centro de acolhimento de migrantes e refugiados, onde até um básico corte de cabelo é difícil de conseguir. “A polícia não nos deixa ir à cidade nem para cortar o cabelo. Por isso, decidi começar eu a cortar o cabelo às pessoas, aqui, de forma gratuita. Não recebo dinheiro de ninguém”, conta à nossa correspondente na Hungria, Nòra Shenouda, o improvisado barbeiro local, um migrante vindo do Afeganistão.

Entrevistado pela euronews, o porta-voz do gabinete húngaro da Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) revela que as condições em Horgos são tão más que refugiados e migrantes não têm sequer um lugar decente para tomar duche.

“A situação é horrível em todos os aspetos. É arrepiante ver famílias com crianças pequenas, por vezes até bebés com poucos dias de vida, a viver durante semanas nestas tendas, que não chegam a ser sequer verdadeira tendas. São uns abrigos construídos com cobertores, capas impermeáveis rasgadas e bocados de nylon”, afirma Ernő Simon.

These guys have been in #Hungary's #Roszke transit zone for 7 days. “I feel totally hopeless”- Sammi, Afghanistan pic.twitter.com/OUNUddGRAA

— Nichola Jones (@nicjones81) 5 de agosto de 2016

(Estes rapazes estão — 5 de agosto — na zona de transição da Hungria em Roszke há sete dias: “Sinto-me já sem esperança”, Sammi, Afeganistao.)

Todas estas pessoas sonham com o dia em que serão admitidas na zona de transição porque, uma vez aceites, o pedido de asilo que fizeram será analisado pelo governo húngaro.

As autoridades húngaras apenas permitem a entrada na zona de transição a 15 pessoas por dia. As famílias têm prioridade, mas mesmo elas podem ter de esperar até dois meses. Para homens a viajar sozinhos é mais difícil. Há relatos de quem já tenha esperado bem mais de seis meses.

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