A poucos dias de umas controversas eleições parlamentares da Rússia também previstas para a península da Crimeia, um acordo entre o governo da Ucrânia e rebeldes separatistas pró-russos terá sido alca
A poucos dias de umas controversas eleições parlamentares da Rússia também previstas para a península da Crimeia, um acordo entre o governo da Ucrânia e rebeldes separatistas pró-russos terá sido alcançado com vista a um cessar-fogo no conflito a decorrer no leste do país e para uma eventual retirada militar de certas regiões.
Um dos mediadores deste acordo foi o ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha. Frank-Walter Steinmeier revelou ter chegado a Kiev “com um compromisso de Moscovo, recebido terça-feira”: “a partir desta quarta-feira à noite vai haver um cessar-fogo da parte dos separatistas. Para já, durante sete dias e a começar à meia-noite.”
Behind the scenes in #Kyiv: FMs #Steinmeier+
— GermanForeignOffice (@GermanyDiplo) 14 de setembro de 2016jeanmarcayrault</a> prepare their meeting w/ <a href="https://twitter.com/hashtag/Ukraine?src=hash">#Ukraine</a>'s Pres. <a href="https://twitter.com/poroshenko">
Poroshenko. pic.twitter.com/gjCaIX6SFk
França: Anexação da Crimeia é ilegal
O correspondente em Paris da plataforma informativa ucraniana Ukrinform questionou esta quarta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês sobre a posição do Eliseu face às eleições russas se estenderem à Crimeia. “O Presidente da República (François Hollande), na conversa telefónica com o Presidente russo e a Chanceler alemã, a 16 de agosto, relembrou a posição consistente da França, que na essência é a de que a anexação da Crimeia é ilegal”, reiterou Romain Nadal, porta-voz do MNE de França.“Não há plano B. O acordo de Minsk tem de ser implementado”, reforçou o ministro francês, aproveitando para criticar a decisão da Rússia de alargar as eleições de domingo à Crimeia, península outrora autónoma da Ucrânia cuja anexação unilateral por Moscovo não é reconhecida, entre outros, pela União Europeia.
Pelo lado do governo ucraniano, o ministro dos Negócios Estrangeiros disse ser preciso “ver com clareza os passos que vão ser dados e também as garantias de cumprimento do acordo pelo lado russo.”
#Ukraine – Il n'y a pas d'alternative, ni de plan B. Les accords de Minsk doivent être mis en œuvre : à chacun de remplir ses engagements
— Jean-Marc Ayrault (@jeanmarcayrault) 14 de setembro de 2016
“A evolução da implementação deste acordo tem de permitir a possibilidade de se ir ao encontro das reuniões no formato do sucedido na Normandia”, afirmou Pavlo Klimkin, reportando-se aos encontros de junho de 2014 naquela região francesa integrando Alemanha, França, Ucrânia e Rússia.
Клімкін: Ми будемо і надалі працювати, щоб представники #OSCE_SMM були присутні на всій окупованій території Донбасу pic.twitter.com/E0p6V0xp88
— MFA of Ukraine (@MFA_Ukraine) 14 de setembro de 2016
O conflito armado no leste da Ucrânia resultou da revolução de 2014 em Kiev, da qual resultou a destituição do então presidente Viktor Yanukovich e a anexação da península da Crimeia pela Federação russa. A guerra entre as forças militares ucranianas e os rebeldes separatistas pró-russos já terão provocado a morte de mais de 9500 pessoas nos últimos dois anos e meio.
Ministers
jeanmarcayrault</a> and Franck-Walter Steinmeier meet President Petro <a href="https://twitter.com/poroshenko">
Poroshenko (viaFranceenUkraine</a>). <a href="https://t.co/DoONv1dkP4">pic.twitter.com/DoONv1dkP4</a></p>— France Diplomacy (
francediplo_EN) 14 de setembro de 2016