O ataque informático à base de dados da Agência Mundial Antidoping promete fazer correr rios de tinta e esta quinta-feira foram revelados os dados pessoais de mais 25 desportistas de oito países…
O ataque informático à base de dados da Agência Mundial Antidoping promete fazer correr rios de tinta e esta quinta-feira foram revelados os dados pessoais de mais 25 desportistas de oito países diferentes.
Chris Froome e Bradley Wiggins estão na lista, os dois ingleses nunca testaram positivo mas não se pode dizer que sejam novatos nas controvérsias relacionadas com o doping, um calvário que persegue qualquer ciclista profissional.
Froome reagiu assim com naturalidade à publicação do seu ficheiro, assegurando que nada tem a esconder e que em nove anos como profissional, apenas por duas vezes consumiu uma substância proibida com fins terapêuticos, no caso para tratamento de asma, devidamente autorizado pelo médico e que a última vez foi em 2014.
A exceção para uso terapêutico está precisamente no centro da questão, ou não fosse usada e abusada pelos atletas que viram os seus dados expostos. Haverá naturalmente doenças que é preciso curar, mas no momento em que a exceção se torna uma regra na alta competição, é caso para perguntar: se os desportistas de elite têm sempre uma exceção para consumir substâncias proibidas, qual o papel da Agência Mundial Antidoping?