Guterres na China defende uma ONU "mais ágil"

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De  Dulce Dias  com LUSA, EFE, Reuters
Guterres na China defende uma ONU "mais ágil"

António Guterres enalteceu o contributo da China para as Nações Unidas, organização que o ex-primeiro-ministro português dirigirá a partir de janeiro.

Num mundo onde tantos direitos são violados, precisamos de garantir uma combinação eficaz e equilibrada entre direitos humanos, civis, políticos, económicos e sociais

António Guterres Futuro secretário-geral da ONU

A China é o maior contribuinte para as forças de manutenção da paz, entre os membros permanentes do Conselho da Segurança, contando com mais de 30.000 elementos, em 29 diferentes missões.

Em viagem a Pequim, depois de ter passado por Moscovo – outra das das cinco capitais dos membros permanentes do conselho de segurança -, Guterres defendeu uma ONU “mais ágil” e “menos burocrática”, e falou da China como “um pilar sólido do multilateralismo no mundo” e um “fantástico motor de crescimento da economia mundial”, que “precisa de paz e segurança”.

“Num mundo onde tantos direitos são violados, precisamos de garantir uma combinação eficaz e equilibrada entre direitos humanos, civis, políticos, económicos e sociais”, defendeu Guterres.

Guterres referiu ainda que deseja uma organização mais “centrada nas pessoas”, e capaz de “evitar situações dramáticas”, como as que “recentemente assistimos de violação dos direitos das mulheres e das crianças”.

Recorde-se que os Capacetes Azuis da ONU foram este ano atingidos por um escândalo de alegados abusos sexuais, incluindo violações de crianças, durante missões de manutenção da paz, nomeadamente na República Centro-Africana e na República Democrática do Congo.

O ex-primeiro-ministro assume o cargo de secretário-geral das Nações Unidas, a partir de janeiro e por um período de cinco anos.