Novo executivo de união nacional ou eleições antecipadas, eis o dilema em Itália

Novo executivo de união nacional ou eleições antecipadas, eis o dilema em Itália
De  Francisco Marques com Corriere, Il post,
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Matteo Renzi colocou, quarta-feira à noite, nas mãos do Presidente o futuro imediato do Governo da Itália.

Matteo Renzi colocou, quarta-feira à noite, nas mãos do Presidente o futuro imediato do Governo da Itália. Um novo executivo de união nacional ou eleições antecipadas serão as opções sobre a mesa de Sergio Mattarella.

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Pelo Twitter, Renzi já havia escrito “Adeus a todos!!! E obrigado” pouco depois do anúncio de aprovação da lei do Orçamento de Estado para 2017, pela qual o chefe de Estado lhe pediu segunda-feira para se manter em funções até à votação pelo Senado.

Agora, com a entrega formal do pedido de demissão e o anúncio oficial pelo secretário-geral da República (vídeo em cima), cabe ao Presidente decidir o que fazer: nomear um novo governo de união nacional à mimagem do ou antecipar as eleições previstas para 2018, para o qual necessita de uma decisão em conformidade do tribunal constitucional no final de janeiro devido à especificidade do sistema eleitoral italiano.

Sergio Mattarella começa já esta quinta-feira a consultar o Presidente do Senado e o do Parlamento, seguindo-se até sábado todos os partidos com assento parlamentar, incluindo, claro, o Partido Democrático, do demissionário Matteo Renzi.

Antes de entregar o pedido de demissão formal ao Presidente, no Palácio Quirinale, Renzi reuniu-se com os camaradas partidários e deixou um aviso à oposição: “Nós, não temos medo de nada nem de ninguém. Se as outras forças políticas quiserem ir a votos logo a seguir à decisão do Tribunal Constitucional (sobre uma nova lei eleitoral), que o digam claramente porque, aqui, do que se trata é de assumir toda a responsabilidade”, disse Matteo Renzi.

Entre a oposição, há dois partidos a exigir eleições antecipadas: o Movimento Cinco Estrelas, de Beppe Grillo, e a Liga Norte, ávidos de beneficiar com a perda de popularidade de Renzi, expressa no referendo constitucional de domingo passado, mas também, por exemplo, na vitória do Cinco Estrelas sobre os democratas, em Roma, nas autárquicas deste ano.

A “bola” está para já nos “pés” do Presidente. Até sábado, Mattarella vai ouvir os partidos e depois decidirá o que fazer com o governo de Itália: tentar novo executivo de união nacional ou antecipar eleições e arriscar a crescente corrente populista.

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