Coreia do Norte: Kim Jong-Un faz rara aparição e é acusado de 340 execuções em 5 anos

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De  Francisco Marques
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Uma agência sul-coreana publicou um relatório resumindo os primeiros cinco anos de liderança do filho de Kim Jong-il, acusando-o de atos desumanos e de gastar poupanças públicas em interesse pessoais.

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O líder da Coreia do Norte voltou a mostrar-se ao mundo esta semana, em imagens recolhidas na Conferência de líderes do Partido dos Trabalhadores da Coreia, que decorreu entre 22 25 de dezembro, em Pyongyang.

Ao mesmo tempo qu estas imagens eram reveladas, a Coreia do Sul revelou um relatório sobre os primeiros cinco anos de liderança de Kim Jong-un, acusando o líder norte-coreano de ter ordenado a execução de 340 pessoas desde que subiu ao poder em dezembro de 2011.

Kim Jong-Un difundiu entretanto uma mensagem de Ano Novo em que terá expressado, de acordo com o governo da Coreia do Sul, o desejo de melhorar as relações com Seul, assumindo-se aberto ao diálogo de espírito aberto.

O governo sul-coreano avisa, no entanto, que esta mensagem de novo ano não deve ser levada à letra porque repete uma ideia já manifestada noutros anos pelo líder norte-coreano e cuja sequência foi no sentido exatamente oposto.

Kim Jong-un marcou também presença, esta quarta-feira, num espetáculo de música e dança, onde atuou o Coro Emérito do Estado e a Banda Moranbong, um grupo feminino fundado pelo próprio Kim Jong-un em 2012 e famosas por chofcaram com a ideia tradicionalista do país, ao atuarem envergando vestidos curtos e entoarem temas inspirados na Pop e no Rock.

Joint Art Performance of Moranbong Band and State Merited Chorus Given in Presence of Kim Jong Un https://t.co/9Z2lCKzrMB

— KCNA Watch (@KCNAWatch) 29 de dezembro de 2016

O fundo do palco do anfiteatro estava decorado com imagens de grandes dimensões de Kim jong-un e de Kim Jong-il, o pai do atual líder norte-coreano. Quando subiu ao palco “o máximo líder do Partido dos Trabalhadores, do Estado e do Exército, como o descreve a agência norte-coreana KCNA, o público e os artitas presentes saúdaram-no em uníssono e o líder agradeceu, acenando de volta.

O espetáculo terá servido para assinalar os cinco anos de liderança de Kim Jong-un, que se cumprem esta sexta-feira.

O Instituto de Segurança e Estratégia da Coreia do Sul, uma agência ligada aos serviços secretos sul-coreanos, publicou, entretanto, um relatório resumindo os primeiros cinco da liderança de Kim Jong Un e sublinhando as cerca de 340 execuções ordenadas pelo líder norte-acoreano.

Kim Jong-un executou mais de 300 pessoas desde que assumiu o poder. https://t.co/EJyOPQ0QBMpic.twitter.com/Esto8C27KA

— Jornal O Globo (@JornalOGlobo) 29 de dezembro de 2016

Entre as pessoas executadas por ordem suprema na Coreia do Norte, estão cerca de 140 altos responsáveis do governo, incluindo o outrora poderoso tio do atual líder, Jang Song-thaek, em 2013.

Desde a execução no ano passado do responsável pela Defesa Hyong Yong-choi, as penas de morte ordenadas pelo líder norte-coreano têm vindo a reduzir-se, mas este ano ainda terão ocorrido três de de altos oficiais. Desde agosto do ano passado, pelo menos 60 civis terão sido executados em público, adiantam os autores do relatório, citados pela agência Yonhap.

Os sul-coreanos acusam Kim Jong-un da prática de “atos desumanos” para eliminar os críticos e consolidar o poder, mas também de depauperar os já debilitados cofres da Coreia do Norte com investimentos militares, gastando cerca de 300 milhões de dólares em 29 testes nucleares e lançamento de mísseis e ainda 180 milhões de dólares em estátuas dele próprio para cultivar a imagem pessoal no país.

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